Mulheres negras pré-candidatas no Paraná propõem um legislativo antirracista e que olhe para as mulheres, juventude e periferia
Brasil de Fato
Angela, Andreia, Daiana, Evelin, Giorgia, Juliana, Mãe Gi, Made, Márcia, Mazé, Miss Preta, Natalia, Telma e Vanda são algumas das mulheres negras paranaenses que colocaram seus nomes para concorrer a uma vaga nas Câmaras Municipais do Paraná. Entrevistadas pelo Brasil de Fato Paraná, as pré-candidatas falaram sobre os desafios de acessar e permanecer na política diante do preconceito e de um cenário que há anos se mantém majoritariamente representada por homens brancos e ricos. Entre as propostas, está o plano de tornar as Câmaras Municipais um espaço antirracista e que responda às demandas das mulheres e da população periférica.
Na última eleição municipal, em 2020, houve um aumento recorde de candidaturas de mulheres negras, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 2016, mulheres negras representaram apenas 15,4% das candidaturas a vereadora (71.066), das quais apenas 5% (2.870) foram eleitas.
Em 2020, 84.418 mulheres negras foram candidatas ao legislativo. No entanto, o número de eleitas, apesar de crescimento em relação a 2016, ainda é pequeno. Das mais de 88 mil mulheres negras candidatas, 4,54% (4.026) foram eleitas (3.510 pardas e 516 pretas).
Luta desde cedo contra a violência, racismo e preconceito
Telma Mello, pré-candidata a vereadora pelo PSOL, Curitiba. / Arquivo pessoal
A pré-candidata a vereadora pelo PSOL, Telma Mello, diz que antes de pensar nas dificuldades de permanecer na política, é preciso acessar o espaço de decisão. “Agora, estou angustiada com as violências políticas para acessar o espaço político de poder. Por exemplo, ainda não tenho certeza se receberei parte do fundo eleitoral, se receberei de forma justa e igualitária, se terei verba para fazer campanha publicitária, para concorrer de forma justa, igualitária e, portanto democrática,” diz. Telma é Conselheira Tutelar, mas no momento está afastada do cargo e sem remuneração, sendo para ela, mais um entrave para competir no processo eleitoral.
Telma acredita que todos já estão na política desde o momento em que são gestados, mas identifica como o principal motivo para se envolver no processo político quando a sua irmã foi vítima de feminicídio. “As pessoas estão envolvidas com a política desde o útero, embora muitas pessoas ainda não tenham essa consciência. Costumo dizer que já nasci protestando, quando dei o primeiro grito. Mas, efetivamente, a partir de 2015, quando minha irmã Tânia Mello foi violentamente assassinada, num crime de racismo e feminicídio, crime que não foi investigado e ninguém foi criminalizado, mais uma mulher preta invisibilizada que entrou para as estatísticas de violência contra as mulheres. A partir desse fato percebi que precisava fazer a luta partidária, a luta em espaços de poder, a luta de quem está em espaços estratégicos de atuação,” cita.
Made Santos, pré-candidata a vereadora pelo PDT, Curitiba. Arquivo pessoal
Para chegar aos espaços de poder é preciso combater o preconceito, discriminação e violência política de gênero. Esta é a opinião da arte educadora, terapeuta e diretora teatral, Made Santos, pré-candidata pelo PDT de Curitiba. “Abrir espaço dominado na sua maioria por homens brancos é o grande desafio. A luta das mulheres por representatividade e identidade é, inclusive, diferente das mulheres brancas, pois a voz delas chega primeiro”, diz.
Neste mesmo caminho vem se construindo a participação política da pré-candidata pelo PDT de Araucária, a pedagoga Márcia Reis. “Venho militando há diversos anos no combate ao racismo e todas as demais formas de violência, através de coletivos que faço parte e, por isso, cheguei à conclusão que é a hora de atuar na política legislativa”, diz.
Marcia Reis, pré-candidata a veredora pelo PDT de Araucária. / Arquivo pessoal
Invisibilidade da população periférica
Para a diarista e liderança popular do bairro Parolin, a pré-candidata pelo PT Andreia Lima, o envolvimento com política começou cedo. “Eu faço política social desde quando aprendi a ler e escrever para acompanhar as mulheres mais velhas dentro da comunidade do Parolin. Isso foi aos oito anos de idade. Fui junto com a minha mãe e não entendia que isso era política. Conforme ia chegando as demandas, as necessidades da favela, fui me informando, fui estudando, fui atrás de buscar como ajudar a resolver esses problemas, mas é da necessidade mesmo do território da onde eu vivo e que me acolheu, me ensinou muito e me moldou a ser essa mulher que sou hoje”, diz.
Como mulher da periferia, Andreia cita como os principais desafios a política higienista imposta pela poder público. “Primeiramente que essa política classista, essa política higienista que não nos quer em nenhum espaço de poder. Eles não querem nem ajudar a gente a resolver esse problema. Nós, que eu digo, o povo da periferia, o povo com vulnerabilidade, o povo que precisa de políticas públicas efetivas. Então, é a resistência, é o conhecimento, é o fortalecimento e é a coletividade da periferia que me dá suporte e me fortalece para que eu não desista desse espaço,” explica.
É também a opinião da pré-candidata pelo Psol, a professora aposentada Angela Alfonsina, que a cidade de Curitiba invisibiliza os negros e a periferia. “Moro em uma cidade que se acha europeia, muitas pessoas aqui dizem que não tem favela e nem pobreza. E, também por ser mulher, é outro ponto árduo.”
Angela, inclusive, conta que não pôde se envolver com política partidária antes da sua aposentadoria porque sofria violência psicológica dentro de casa. “Nunca me envolvi com política partidária antes da minha aposentadoria porque eu sofria pressão psicológica dentro de casa. Durante 23 anos ouvi meu ex-esposo falando que funcionário público só se envolvia com política para ficar 3 meses sem trabalhar. Mesmo não concordando com ele, mas querendo evitar problemas maiores, não me envolvi tão diretamente. Agora estou aposentada e posso me dedicar,” comenta Angela.
Do Movimento Estudantil, da lutas populares, inspiração da família à política partidária
Da vivência do Movimento Estudantil e da sua origem vinda da periferia de São Paulo é que a sensibilidade para o olhar político começou para a vereadora e pré-candidata à reeleição, Giorgia Prates. “Cresci na favela de São Paulo vendo a minha mãe sempre fazendo pontes para resolver a vida de todos em volta”, conta. Em Curitiba, estudou na UFPR e lá entrou em contato com o Movimento Estudantil e com o fotojornalismo, dois motivos que reforçaram a vontade de ingressar na política partidária.
“No ativismo, aprendi o significado político do seu corpo no mundo, o que significava politicamente ser uma mulher negra, lésbica, periférica e do axé. Como fotojornalista, exerci a visão política de base, denunciando com um olhar sensível as vidas em vulnerabilidade”, conta Giorgia que em seu mandato, entre os vários projetos apresentados, destinou R$ 1,8 milhão em emendas parlamentares para as áreas periféricas da cidade.
Para ela, estar e permanecer na política é marcado por inúmeros desafios. “Só a presença de um corpo como o meu, de uma mulher preta, periférica, sapatona, do axé, já causa receio e espanto. Então, todo dia é uma ofensa que a gente escuta, a tentativa é de me colocar em um lugar já esperado, que é o da preta raivosa e de novamente fazer parecer que pessoas negras estão ali apenas para ser palco e escada para racista e, no meu caso, Lgbtfóbicos. Também enfrento tentativas de invisibilização com a autoria de projetos ignoradas pela imprensa, a violência política também aparece na tramitação dos projetos, alguns travam nas comissões, nas divulgações de emendas coletivas que surgem sem meu nome,” cita Prates.
Atualmente presidente da Frente Brasil Esperança (PT, PCdoB e PV) em Foz do Iguaçu, a ativista de direitos humanos e psicóloga Mazé Saad é pré-candidata à vereadora pelo PCdoB. Seu envolvimento na política começou na década de 1980, quando participou do Movimento Estudantil. “Comecei na década de 80 no Movimento Estudantil, comecei nos movimentos sociais porque entendo que a partir dele que se devem fazer as políticas de defesa dos direitos fundamentais, eles devem pautar a construção das legislações”, diz.
Para Mazé, estar na política é também para quebrar paradigmas.“O desafio de se manter na representação política numa sociedade machista e racista é quebrar o paradigma de que esses espaços não são para mulheres,” opina Mazé.
A pré-candidata pelo PT de Curitiba, a professora Daiana Trindade Furtado, tem sua caminhada política iniciada e inspirada também pelo Movimento Estudantil e a família. “A minha família sempre foi engajada com as pautas sociais e culturais, minha madrinha sindicalista, meu avô Getulista – Brizolista e carnavalesco. Desde muito cedo a política e a consciência racial estavam presentes na minha vida. Ademais, na adolescência participava do movimento estudantil no IFSul da minha cidade Pelotas, que inclusive tem uma forte representação da comunidade negra, como os clubes sociais que foram criados enquanto espaços de fortalecimento da nossa negritude, resistência e pensado para romper barreiras sociais de exclusão, havendo uma coletividade e união negra que se articulava em uma cidade hostil com histórico escravocrata cruel,” relata.
Daiana diz ser grata a quem veio antes para abrir os caminhos. “Com certeza percebo que a minha identidade racial foi um obstáculo para muitos espaços. No entanto, o que me alegra muito é ver muitas mulheres negras hoje ocupando espaços de poder que nos foram negados. Agradeço os caminhos que foram abertos por elas,” diz.
Natália Lisboa, pré-candidata a vereadora pelo PT Londrina/PR. / Arquivo pessoal
Também foi a partir do trabalho da avó que a pré-candidata pelo PT de Londrina, Natalia Lisboa, começou a se interessar por política. “Minha avó paterna sempre participou das pastorais sociais e cresci dentro desse trabalho de base dela. Desde muito nova sempre estive na militância, fiz parte do Movimento Estudantil quando tinha apenas 11 anos. Com 14, fiz parte do movimento passe livre e é uma luta que carrego até hoje”, diz. Natália é educadora social e em Londrina fundou o Coletivo Negro Filhos de Dandara, fundou a Frente Antirracista de Londrina e o Desencarcera Londrina.
Natalia diz que sua forma de estar no mundo é por meio da militância política e cita principalmente o machismo como desafio. “Ser mulher e se colocar nesse espaço que é a política é muito difícil, pois é um lugar que os homens, ao longo da história dominaram. Eles foram forjados a serem figuras públicas enquanto nós fomos educadas a ser prioridade privada deles,” diz
Para a assistente social, Vanda de Assis, a família e o envolvimento o movimento político de jovens foi o pontapé inicial. Pré-candidata pela segunda vez a vereadora pelo PT de Curitiba, Vanda diz que o ingresso na política partidária foi a consequência do seu envolvimento nas lutas populares. “Comecei a me envolver na política desde adolescente, por meio da Pastoral da Juventude e da minha família, que sempre teve envolvimento político em organizações sindicais. A minha entrada na política eleitoral foi uma consequência das lutas populares. No movimento popular, entendemos que a política precisa ser feita a partir da realidade das pessoas que mais precisam”, diz.
“Vemos que a política em Curitiba é dominada por homens brancos das mesmas famílias ricas. Então, nos desafiamos a disputar o lugar onde sempre devíamos ter estado: construindo políticas públicas para uma vida digna,” cita Vanda.
Juliana Mildemberg, pré-candidata a vereadora pelo PT Curitiba. / Arquivo pessoal
A luta sindical levou a professora de educação infantil Juliana Mildemberg chegar até a militância e política partidária. Pré candidata a vereadora pelo PT Curitiba, ela atribui sua decisão de ser pré-candidata devido a sua experiência como sindicalista. “Comecei na política após uma greve dos então educadores (infantis) na época, 2 anos após meu ingresso na carreira no serviço público em Curitiba. Nunca mais sai da política sindical, consecutivamente entrei para o movimento estudantil, em 2016 entrei para a militância partidária após o golpe a Presidenta Dilma”, conta. Atualmente ela é coordenadora geral do Sindicato dos Servidores Públicos do Paraná (SISMUC).
“Os desafios enfrentados são muitos, desde a questão geracional dentro dos espaços políticos, quanto à questão de ser uma mulher jovem e negra, ocupando um espaço que tende a ser ocupado por pessoas com mais experiência,” conclui Mildemberg.
Representatividade da juventude
A representatividade das mulheres jovens negras na política ainda é mais desigual. Na eleição de 2020, entre os jovens eleitos (18 a 35 anos), foram 4.813 homens negros e 803 mulheres negras em comparação à eleição da juventude branca que foram 5.737 homens brancos eleitos e 1.166 mulheres brancas. As jovens negras representaram 22.193 candidaturas a vereadora, 94 a prefeita e 266 a vice-prefeita (18 a 35 anos), mas foram eleitas 735, 32 e 36, respectivamente.
Evelin Moreira, pré-candidata a vereadora pelo PT Curitiba. / Arquivo pessoal
Pré-candidatas jovens negras relatam que muito cedo se depararam com episódios de racismo que as levaram a se envolver com a política. Evelin Moreira, estudante de jornalismo e pré-candidata pelo PT, diz: “com 19 anos, tive que sair da minha terra natal em busca de melhores oportunidades para mim e para ajudar financeiramente a minha família. Comecei na política nesse mesmo período, ao me descobrir como mulher negra na adolescência. A partir desse processo doloroso e ao mesmo tempo empoderador, entendi que a inércia nunca mais seria uma opção: ocupar a política era o único caminho possível. Paralelo a isso, a minha experiência na linha de frente do combate à pandemia me motivou a defender o SUS e lutar por melhorias na saúde pública curitibana”.
Para ela, um dos maiores desafios para se colocar como candidata a vereança em Curitiba é a política machista e predominantemente protagonizada pela elite. “Seguindo a linha das velhas práticas coronelistas, ganha aquele que tem apadrinhamento político ou parentes no meio. Todas essas vantagens indevidas contribuem para a ausência crônica de mulheres negras nos espaços políticas. Quando analisamos os nomes e as origens dos candidatos tratados como ‘prioridade eleitoral’, percebemos que se tratam, em sua maioria, de homens brancos parentes de “alguém” que se vendem como as sementes da renovação, mas renovar significa dar voz aqueles que são historicamente excluídos das decisões que interferem no futuro da cidade,” cita Evelin.
Miss Preta, pré-candidata a vereadora pelo PT, Pinhais/PR. / Arquivo pessoal
Sobre a tradição dos velhos nomes na política, a pré-candidata a vereadora pelo PT de Pinhais, Miss Preta, diz que há ainda uma competição desigual nos períodos de campanhas eleitorais. “Entre os principais desafios que enfrentamos, está a competição desigual entre um nome novo na política e aqueles que herdaram legados políticos, além da desigualdade financeira para fazer campanha. Como eu sempre digo não basta ter boas ideias e intenções; é preciso ter condições de fazer essas ideias chegarem ao maior número de pessoas possível. Isso retrata muito bem a dificuldade de renovação no cenário político em todos os âmbitos”, diz.
Miss Preta resolveu entrar na política ao sofrer racismo quando trabalhava em um shopping. “A primeira faísca foi um episódio de preconceito racial que sofri enquanto trabalhava em um shopping de classe alta. Decidi canalizar essa energia participando de um concurso de Miss em Pinhais, no qual fui a primeira concorrente a desfilar com um turbante e acabei vencendo. Com essa motivação, idealizei e, juntamente com minha equipe, criamos o projeto social Pinhais Fashion Mulheres Reais. Este projeto não apenas promove a moda e a beleza, mas também fomenta o comércio local e celebra mulheres com corpos reais na passarela,” cita.
Discriminação racial e religiosa
Mãe Gi, pré-candidata a vereadora pelo PDT Maringá. / Arquivo pessoal
Além do combate ao preconceito racial, a pré-candidata a vereadora pelo PDT de Maringá, Gislaine Gonçalves, também conhecida como Mãe Gi, tem na luta contra a intolerância religiosa uma das suas motivações para disputar uma eleição. Professora Doutora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Mãe Gi atua como sacerdotisa da Casa Maribás, templo de Umbanda, religião de Matriz Africana há 15 anos, na cidade de Maringá-Paraná.
“Minha atuação política sempre esteve pautada nos movimentos Estudantis, durante toda a minha formação educacional, sendo que atualmente as questões da religião de Matriz Africana, me trouxe para este lugar. Participar desse processo político já é um desafio, principalmente para uma mulher negra de religião de Mariz Africana e pertencente ao grupo Lgbtqi+. Hoje represento uma maioria negra e pertencente à religião mais perseguida historicamente em nosso país, meu principal desafio é vencer o preconceito enraizado culturalmente. Sair como pré-candidata com o nome Mãe Gi já é de uma coragem exacerbada, represento a força da minha ancestralidade,”diz.
Propostas
Ao serem perguntadas sobre o que mais desejam concretizar se forem eleitas, as pré-candidatas entrevistadas citaram principalmente ampliar a representatividade política e garantir direitos para a população negra, periférica, juventude e para as mulheres. Confira:
“Estudar toda a estrutura que já está lá dentro, com vários projetos de leis que são necessários para a periferia, que melhore e dê dignidade para essa população. Tem que ser participativo, tem que ser coletivo, porque a importância dos eleitores estar junto nessa construção de projetos de lei é o que realmente vai fazer funcionar toda essa estrutura dentro dessa cidade”. Andreia de Lima.
“Minhas lutas são por direito e respeito ao profissionalismo feminino e a questão salarial. Sabemos que mesmo no poder público, as duas classes menos valorizadas são os profissionais da educação e da saúde. Tanto na educação quanto na saúde, a maioria dos profissionais são mulheres e com menores salários”. Angela Alfonsina.
“Expansão e fortalecimento das escolas integrais em Curitiba, implementar políticas de apoio psicológico e psicossocial desde cedo para meninas e adolescentes, visando evitar gravidezes precoces e proporcionar oportunidades reais de desenvolvimento pessoal e profissional. Combater a violência obstétrica e garantir creches de qualidade e a criação de leis que incentivem a inserção das donas de casa em Curitiba no mercado de trabalho”. Daiana Trindade Furtado.
“Trazer o povo para o centro do debate, construindo políticas públicas por meio de um mandato verdadeiramente popular e coletivo para melhorar a vida de quem mais precisa. Um dos focos do meu mandato será acabar com a precariedade da saúde pública curitibana que sofre com as longas filas, UPAs lotadas, equipes reduzidas e profissionais sem planos de carreira, afetando quem mais depende do SUS. Também iremos lutar pela aprovação da Tarifa Zero, por mais investimentos para a cultura e uma educação verdadeiramente antirracista”. Evelin Moreira.
“Continuar com a luta pela moradia social, melhorar o processo de concessão do aluguel social, executar estudos constantes sobre a situação fundiária da cidade, criar um cronograma com metas e prazo pra reduzir o déficit habitacional. Lutar para descentralizar os serviços sociais, com mais parques e praças por bairro, transporte coletivo mais barato, garantir os direitos das meninas, mulheres e adolescentes. Fortalecer a cultura, principalmente para a juventude preta e periférica, pensar em mais incentivos que auxiliem a vida econômica dos catadores de recicláveis, políticas que promovam a saúde e a educação da população LGBTQIA+… e continuar a luta contra o racismo”. Giorgia Prates
“Acredito em uma política de construção coletiva e participativa, levantar debates setoriais, mas ao mesmo tempo tomar decisões com a participação dos grupos que de fato precisam da efetivação da política pública. Atuarei em defesa dos servidores públicos e por um serviço público de qualidade, mas principalmente por uma cidade mais justa e igualitária a todas as pessoas que pertencem a esse território”. Juliana Mildemberg.
“É ser de fato uma representante do povo negro principalmente das mulheres pretas em um lugar onde nosso espaço é tão limitado. Quero que o povo preto e pardo olhe para mim e se sinta representado e saibam que terão alguém lutando por seus direitos e sendo suas vozes”. Made Santos.
“Apresentar projetos pautados na segurança, tradições da cultura, respeito a toda uma história. Lutar pelas mulheres, pelas crianças, pelas mães, pela liberdade de expressão de todas as religiões sem distinção racial, lutar pelas causas sociais, educação sem preconceitos, fomentar a Cultura Afro como forma de regaste e fortalecimento da negritude em nossa cidade e principalmente lutar contra toda e qualquer forma de preconceito”. Mãe Gi.
“Combater as violências provindas de espaços não ocupados por mulheres negras que por anos são silenciadas também pelo sistema político do qual fazemos parte”. Márcia Reis.
“Defender as políticas públicas e verticalização das legislações para minimizar as violações dos direitos das pessoas”. Mazé Saad.
“Que a juventude volte a acreditar na política e entenda que é através dela que podemos transformar a sociedade em um lugar melhor e mais digno. Quero trazer debates para dentro da câmara que ainda não foram contemplados pelo poder legislativo e mostrar que é possível fazer uma política diferente, que pensa nas pessoas, na saúde, na empregabilidade, na juventude, na mobilidade urbana, nas mulheres, na diversidade e, sobretudo, pensada para as pessoas”. Miss Preta.
“Garantia de acesso a escola, precisamos a volta das aulas no período noturno em mais escolas da nossa cidade, programa de formação profissional no período contraturno de forma gratuita e com bolsa de incentivo para nossos jovens e adolescentes, cursinhos gratuitos em todas as regiões de Londrina, vaga nas creches e na escola preferencialmente para filhos de mães adolescentes, próxima à escola da mãe para reduzir a evasão escolar, passagem livre para todos os estudantes, etc”. Natalia Lisboa.
“Criar coletivamente projetos que respondam às necessidades daqueles que precisam de moradia, vagas nos CMEIs, transporte seguro e gratuito, educação pública e de qualidade, com valorização das servidoras e ampliação para período integral. Cobrar a criação de uma Secretaria e políticas públicas efetivas para as mulheres e propor a criação de serviços que contribuam para a melhoria da vida das mulheres, como lavanderias públicas, banheiros públicos e bebedouros em muitos pontos de grande circulação na cidade”. Vanda Assis.
“Lutar pela justiça social e pela justiça racial, a promoção da cidadania e bem estar social para superação das desigualdades e a efetivação de liberdades e direitos para todas as pessoas de Curitiba. Apresento-me para buscar saídas para todas as pessoas, mas sem esquecer que as populações mais vitimizadas, socialmente vulnerável são as crianças, adolescentes, jovens, pessoas idosas, pessoas com deficiências, as que vivem nas favelas, nas periferias e pessoas em situação de rua sem assistência social”. Telma Mello.