Hamas diz que vai libertar reféns; Líbano acusa Israel de usar fósforo branco contra civis
O porta-voz do Hamas, Abu Oubaida, divulgou um vídeo no aplicativo Telegram, no qual não forneceu detalhes sobre o número ou nacionalidade dos reféns que seriam libertados. No entanto, ele afirmou que soldados israelenses foram feridos e mortos durante confrontos com as brigadas Al Qassam, em três locais diferentes. Segundo Oubaida, vinte e dois veículos militares israelenses foram destruídos. Além disso, o porta-voz anunciou o uso de um míssil submarino chamado “Asif” pela unidade naval das brigadas Al Qassam.
As informações divulgadas pelo Hamas não puderam ser confirmadas de forma independente pela Reuters. O Exército israelense afirmou que não havia sido informado sobre os ataques relatados pelo grupo.
No Líbano, o país acusou Israel de usar fósforo branco em seus ataques para causar incêndios no sul do território libanês. O Ministério das Relações Exteriores do Líbano instruiu sua missão na ONU a apresentar uma queixa contra Israel, condenando o uso de fósforo branco e a queima deliberada de florestas. Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, os confrontos diários entre o exército israelense e o grupo militante Hezbollah têm ocorrido na fronteira entre Israel e o Líbano. Em resposta aos ataques às suas posições, o exército israelense bombardeou os arredores de diversas cidades fronteiriças e as posições dos combatentes do Hezbollah, resultando em incêndios que destruíram vastas áreas de vegetação e milhares de oliveiras.
A new Amnesty investigation has found that the Israeli army indiscriminately, and therefore unlawfully, used white phosphorous in an attack on Dhayra in south Lebanon on 16 October.
The attack must be investigated as a war crime. pic.twitter.com/RyK1CePSGj
— Amnesty International (@amnesty) October 31, 2023
De acordo com uma contagem da AFP, os confrontos no Líbano já causaram a morte de pelo menos 62 pessoas, incluindo civis. Autoridades libanesas e ONGs, incluindo a Anistia Internacional, acusaram Israel de usar fósforo branco, citando uma investigação preliminar do Ministério da Agricultura do Líbano que identificou 128 incêndios causados pelo bombardeio israelense com fósforo branco. O uso dessas armas incendiárias, proibido contra civis mas permitido contra alvos militares, é regulado por uma convenção assinada em Genebra em 1980. A Anistia Internacional afirmou que um dos ataques deve ser investigado como crime de guerra, pois feriu pelo menos nove civis em um vilarejo chamado Dhayra.
Já o Egito está se preparando para receber na quarta-feira os palestinos feridos que estão sendo bombardeados por Israel na Faixa de Gaza. Equipes médicas estarão presentes na passagem de Rafah para examinar os casos assim que chegarem e determinar para quais hospitais eles serão encaminhados.