Hamas diz que vai libertar reféns; Líbano acusa Israel de usar fósforo branco contra civis

Hamas diz que vai libertar reféns; Líbano acusa Israel de usar fósforo branco contra civis

O porta-voz do Hamas, Abu Oubaida, divulgou um vídeo no aplicativo Telegram, no qual não forneceu detalhes sobre o número ou nacionalidade dos reféns que seriam libertados. No entanto, ele afirmou que soldados israelenses foram feridos e mortos durante confrontos com as brigadas Al Qassam, em três locais diferentes. Segundo Oubaida, vinte e dois veículos militares israelenses foram destruídos. Além disso, o porta-voz anunciou o uso de um míssil submarino chamado “Asif” pela unidade naval das brigadas Al Qassam.

As informações divulgadas pelo Hamas não puderam ser confirmadas de forma independente pela Reuters. O Exército israelense afirmou que não havia sido informado sobre os ataques relatados pelo grupo.

No Líbano, o país acusou Israel de usar fósforo branco em seus ataques para causar incêndios no sul do território libanês. O Ministério das Relações Exteriores do Líbano instruiu sua missão na ONU a apresentar uma queixa contra Israel, condenando o uso de fósforo branco e a queima deliberada de florestas. Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, os confrontos diários entre o exército israelense e o grupo militante Hezbollah têm ocorrido na fronteira entre Israel e o Líbano. Em resposta aos ataques às suas posições, o exército israelense bombardeou os arredores de diversas cidades fronteiriças e as posições dos combatentes do Hezbollah, resultando em incêndios que destruíram vastas áreas de vegetação e milhares de oliveiras.

De acordo com uma contagem da AFP, os confrontos no Líbano já causaram a morte de pelo menos 62 pessoas, incluindo civis. Autoridades libanesas e ONGs, incluindo a Anistia Internacional, acusaram Israel de usar fósforo branco, citando uma investigação preliminar do Ministério da Agricultura do Líbano que identificou 128 incêndios causados pelo bombardeio israelense com fósforo branco. O uso dessas armas incendiárias, proibido contra civis mas permitido contra alvos militares, é regulado por uma convenção assinada em Genebra em 1980. A Anistia Internacional afirmou que um dos ataques deve ser investigado como crime de guerra, pois feriu pelo menos nove civis em um vilarejo chamado Dhayra.

Já o Egito está se preparando para receber na quarta-feira os palestinos feridos que estão sendo bombardeados por Israel na Faixa de Gaza. Equipes médicas estarão presentes na passagem de Rafah para examinar os casos assim que chegarem e determinar para quais hospitais eles serão encaminhados.

Com informações da RFI e AFP

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Da Redação