MP Eleitoral pede suspensão do registro de candidatura de Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo
Brasil de Fato
O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou, nesta segunda-feira (19), com uma ação pedindo a suspensão do registro de candidatura de Pablo Marçal (PRTB) e a abertura de uma investigação do candidato por abuso de poder econômico. As informações são da coluna da jornalista Malu Gaspar no jornal O Globo.
O MPE recebeu duas representações contra Marçal: uma do MDB, partido do atual prefeito da cidade e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, e outra do PSB, partido da candidata Tabata Amaral.
Os partidos alegam que Marçal teria pagado seguidores para compartilharem cortes de vídeos seus sem declarar os gastos à Justiça Eleitoral. Segundo as legendas, o candidato do PRTB desenvolve uma “estratégia de cooptação de colaboradores para disseminação de seus conteúdos em redes sociais e serviços de streaming que, com os olhos voltados para as eleições, se reveste de caráter ilícito e abusivo”.
“O estímulo das redes sociais para replicar sua propaganda eleitoral é financiado, mediante a promessa de pagamentos aos ‘cabos eleitorais’ e ‘simpatizantes’ para que as ideias sejam disseminadas no sentido de apoio eleitoral à sua candidatura”, afirma o promotor eleitoral Fabiano Augusto Petean na ação citada por Malu Gaspar.
“É muito nítida a existência de um verdadeiro abuso de direito por parte do investigado porque este, a pretexto de desenvolver sua pré-campanha, iniciou verdadeiramente sua campanha eleitoral, com utilização dos recursos econômicos não declarados e, outrora, originados de empresas e de financiamento públicos questionáveis, realizando atos ilícitos”, documenta o promotor, ainda de acordo com O Globo.
Petean ressalta que a lei eleitoral permite a realização de uma pré-campanha, com debates e atividades públicas, mas veda a utilização de gastos excessivos.
O Brasil de Fato procurou a campanha de Marçal, mas não obteve retorno. O texto será atualizado caso haja resposta.