EUA: Trump rejeita e Kamala quer novo debate; candidatos retomam campanhas em estados-pêndulo
Brasil de Fato
O candidato republicano á presidência dos EUA, Donald Trump, rejeitou debater novamente com a rival democrata, Kamala Harris. No primeiro e talvez único embate entre os dois, na última terça-feira (10), pesquisas indicam que a vice-presidenta se saiu melhor, mas mesmo assim, Trump declarou que venceu o debate.
“Quando um pugilista perde uma luta, as primeiras palavras que saem de sua boca são: ‘EU QUERO UMA REVANCHE’. As pesquisas mostram claramente que ganhei o debate contra a camarada Kamala Harris, a candidata da esquerda radical dos democratas, na terça à noite, e ela imediatamente pediu um segundo debate”, escreveu o ex-presidente na plataforma Truth Social.
A campanha de Harris havia dito que ela estaria disposta a debater com Trump novamente em outubro. O companheiro de chapa de Trump, JD Vance, continua programado para debater com Tim Walz, o candidato democrata à vice-presidência, em 1º de outubro em Nova York. O pleito presidencial ocorre em 5 de novembro.
A primeira pesquisa divulgada após o debate indica vantagem de 47% a 42% para a democrata. O levantamento Reuters/Ipsos indica que ela aumentou em um ponto percentual a vantagem que apresentava na pesquisa anterior, de 28 de agosto.
Quem decide mesmo
Kamala Harris e Donald Trump retomam nesta quinta-feira (12) suas campanhas nos estados-pêndulo, aqueles que costumam definir as eleições. Ao contrário dos demais estados que costumam ser fieis a democratas ou republicanos, estes costumam oscilar, assumindo influência gigantesca nas eleições devido ao sistema de votação por sufrágio universal indireto.
Os chamados estados-pêndulo são Michigan, Pensilvânia, Wisconsin, Carolina do Norte, Geórgia, Arizona e Nevada.
A vice-presidente realizará comícios consecutivos na Carolina do Norte, enquanto Trump viajará ao Arizona. Trump subirá ao palco em Tucson, Arizona, em meio a relatos da mídia sobre a inquietação em seu campo em relação à forma como Kamala conseguiu desafiá-lo em temas como aborto e política externa.
A campanha de Kamala afirmou que a candidata, de 59 anos, entra em uma fase “mais agressiva” da corrida pela Casa Branca, “buscando capitalizar sua vitória decisiva no debate e aproveitar o impulso”.
Sua equipe disse ainda que ela também se envolveria mais com a mídia: Kamala concedeu apenas uma entrevista televisiva desde que o presidente Joe Biden decidiu, em julho, abandonar a candidatura.
*Com Guardian e AFP