Brasil gera 232 mil empregos formais em agosto e desemprego cai a 6,6%; índices batem recorde
Brasil de Fato
O Brasil gerou 232,5 mil postos de trabalho com carteira assinada em agosto, segundo o Ministério do Trabalho. No trimestre encerrado no mesmo mês, a taxa de desemprego no país caiu a 6,6% – 0,5 ponto a menos do que nos três meses anteriores.
A taxa de desemprego foi divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ela é calculada com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Já o saldo de contratações do mercado de trabalho foi calculado com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), também atualizado nesta sexta.
Segundo o Caged, o emprego cresceu em todos os estados brasileiros e nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas em agosto. Só o setor de serviços foi responsável pela criação de 118 mil vagas. Já a indústria, que passa por um processo de retomada, gerou 51 mil postos de trabalho.
De janeiro a agosto deste ano, a indústria já criou 343,9 mil oportunidades de emprego. Em todo o ano passado, foram 125 mil vagas geradas – menos da metade.
No ano, o Brasil criou 1,7 milhão de empregos formais. No ano passado, nesta mesma época, haviam sido R$ 1,39 milhão.
“Acreditamos que continuaremos nessa curva crescente, chegando no final do ano próximo ou batendo a marca dos 2 milhões de postos de trabalho criados”, afirmou Francisco Macena, secretário executivo do ministério.
Desemprego
Também por conta da geração de vagas de trabalho com carteira assinada no país, a taxa de desemprego vem caindo. No trimestre encerrado em agosto deste ano, o índice ficou 1,2 ponto abaixo do verificado no ano passado – 6,6% contra 7,8%.
Os 6,6% é a menor taxa de desemprego para um trimestre encerrado em agosto na série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012.
O número de pessoas desocupadas caiu para 7,3 milhões, o menor desde o trimestre terminado em janeiro de 2015. A quantidade é 13,4% menor do que a de desocupados há um ano – ou seja, são 1,1 milhão de pessoas a menos em busca de uma ocupação.
Já o número de pessoas trabalhando no Brasil bateu novo recorde, chegando a 102,5 milhões. Cresceu 2,9% em um ano, o equivalente a 2,9 milhões de pessoas.
“A baixa desocupação reflete a expansão da demanda por trabalhadores em diversas atividades econômicas, levando a taxa de desocupação para valores próximos aos de 2013, quando esse indicador estava em seu menor patamar”, afirmou a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.