Após cadeirada, Datena e Marçal se unem para bater em Nunes durante debate na Record

Brasil de Fato

Treze dias após José Luiz Datena (PSDB) arremessar uma cadeira na cabeça de Pablo Marçal (PRTB), os dois candidatos a prefeitura de São Paulo se uniram para bater no prefeito Ricardo Nunes (MDB), durante o debate da TV Record, na noite deste sábado (28).

“Datena nos seus 26 anos, salvo engano aí de televisão. Eu queria que você comentasse, né? Qual que foi o pior prefeito da história”, perguntou Marçal, que abriu o segundo bloco do debate.

“Já tivemos gente muito ruim”, começou Datena. “O Ricardo, primeiro, não foi eleito prefeito, ele foi eleito vice do Bruno Covas. Mas só o dinheiro que ele está gastando na campanha eleitoral dele. Dá pra fazer ponte, dá para fazer asfalto, dá para fazer tudo. E mais, quando ele fala que fez é essa quantidade toda de asfalto. Sabe quanto que ele gastou para fazer asfalto? Você tem ideia de quanto ele gastou pra fazer asfalto? R$ 5 bilhões”, concluiu.

Em seguida, Marçal disse ter feito a pergunta para corrigir um fala sua em debates anteriores sobre quem seria o pior prefeito da história de São Paulo. “O atual prefeito está nesse lugar. Ele fez coisas que ninguém fez com obras sem licitação, não resolveu o saneamento básico, nós temos o pior ar do mundo nessa cidade, milhares de crianças em situação de rua, aumento da criminalidade.”

Minutos depois, Datena quis perguntar a Marçal. “Quase um milhão de pessoas tem certeza que não vão comer hoje, como resolver esse problema”, indagou o candidato do PSDB. Mais uma vez, os dois tabelaram criticando a atual gestão e contando histórias sobre suas relações com a fome e propostas para combatê-la.

Datena contou um causo de uma viagem à chapada Diamantina. “Um cidadão que tinha mais de 100 anos de idade perguntou para mim o que era fome. Ele falou: ‘você não sabe o que é fome’. Aí ele começou a descrever o que era a fome. Fome, meu filho, é uma coisa que corta primeiro a sua garganta, estoura o seu estômago e você sente uma dor tão grande que você come o que vê pela frente, casca de árvore, grama, come, rato, come o que tiver. É impossível que a cidade mais rica do Brasil não cuide dessas pessoas em situação de extrema pobreza, isso é inominável.” 

Já Marçal, contou ao público do debate que está fazendo um jejum de sete dias “pelo povo”. “Sete dias, que é o número da plenitude. Pra você entender o tanto que eu estou levando isso aqui a sério. Eu estou me alimentando só de água, buscando em Deus soluções.”

Da Redação