Impactos da seca elevam inflação em outubro, indica prévia

Brasil de Fato

A inflação em outubro deste ano tende a ser maior do que a de outubro do ano passado e também maior que a de setembro. A prévia do índice aponta para preços mais altos no país, puxados pelo efeito da seca principalmente sobre o custo da comida e da energia.

O Índice de Preço ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,54% neste mês. O percentual foi divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, a alta de preços em curso no Brasil tem a ver com efeitos climáticos. A falta de chuva reduziu os reservatórios de hidrelétricas no país e fez a conta de luz aumentar 5,29% de setembro para outubro.

Movidos pela alta, os itens de habitação subiram 1,72%. Foram os que mais pressionaram para cima o IPCA-15. Depois, vieram os itens de alimentação e bebidas, os quais também têm seu preço influenciados pelo clima. Eles subiram 0,87%.

Aumentaram o contrafilé (5,42%), do café moído (4,58%) e do leite longa vida (2,00%). Por outro lado, caíram os preços da cebola (-14,93%), do mamão (-11,31%) e da batata inglesa (-6,69%).

Itens de saúde e cuidados pessoais também subiram: 0,49%. Eles foram puxados pela alta de 0,53% em planos de saúde, resultado aplicação de reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Em compensação, houve queda no transporte: 0,33%. Os combustíveis tiveram ligeira redução, de 0,01%. Já as passagens aéreas caíram 11,4%.
 

IPCA-15

O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação porque é calculado como o índice oficial, o IPCA, mas entre a segunda quinzena de um mês e a primeira quinzena do mês seguinte.

Há um ano, em outubro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,21%. Em setembro, 0,13% – ou seja, 0,41 ponto percentual menor do que o atual.

Em setembro, o IPCA, a inflação oficial, registrou alta de 0,44%.

Da Redação