Capacidade de armazenagem agrícola cresce 5,4% e chega a 222,3 milhões de toneladas no 1º semestre de 2024

Capacidade de armazenagem agrícola cresce 5,4% e chega a 222,3 milhões de toneladas no 1º semestre de 2024

No 1º semestre de 2024, a capacidade disponível para armazenamento no Brasil foi de 222,3 milhões toneladas, 5,4% superior ao semestre anterior. O número de estabelecimentos (9.424) subiu 3,5% em relação ao último semestre de 2023.

O Rio Grande do Sul tem o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.444) e o Mato Grosso tem a maior capacidade: 59,2 milhões de toneladas.

Neste primeiro de semestre de 2024, todas as Grandes Regiões do país tiveram aumentos no número de estabelecimentos: Norte (24,0%), Centro-Oeste (5,5%), Sudeste (0,2%), Sul (1,3%) e Nordeste (3,3%).

Os estoques de produtos agrícolas totalizaram 87,9 milhões de toneladas, um aumento de 15,5% frente aos 76,1 milhões de toneladas de 30 de junho de 2023.

Em relação aos cinco principais produtos agrícolas existentes nas unidades armazenadoras, os estoques de soja representaram o maior volume (43,3 milhões de toneladas), seguidos pelos estoques de milho (32,7 milhões), arroz (5,0 milhões), trigo (2,6 milhões) e café (0,8 milhão). Esses produtos constituem 96,1% do total estocado entre os produtos monitorados por esta pesquisa.

Capacidade dos silos atinge 117,5 milhões de toneladas, com alta de 6,8%

Em termos de capacidade útil armazenável, os silos predominam no país, tendo alcançado 117,5 milhões de toneladas, o que representou 52,9% da capacidade útil total. Em relação ao segundo semestre de 2023, os silos apresentaram um acréscimo de 6,8% na capacidade.

Número de estabelecimentos e capacidade útil instalada, por tipo, segundo as Unidades da Federação – Brasil – 1º semestre 2024

UF Número de Estabelecimentos  Capacidade (t)
Total Convencional (1)         Graneleiro Silo
BRASIL 9.424 222.301.126 23.867.006 80.901.776 117.532.344
RO 140 2.538.381 204.373 580.894 1.753.114
AC 23 97.590 12.900 0 84.690
AM 7 444.625 10.080 396.368 38.177
RR 15 254.450 12.200 0 242.250
PA 101 2.673.040 154.662 492.450 2.025.928
AP 10 228.836 54.168 28.668 146.000
TO 195 4.266.596 368.131 1.108.000 2.790.465
MA 74 2.765.006 72.716 1.787.400 904.890
PI 120 3.702.274 279.625 1.278.782 2.143.867
CE 72 984.330 561.503 12.758 410.069
RN 13 95.323 95.323 0 0
PB 14 307.041 89.761 11.380 205.900
PE 28 423.895 148.646 4.609 270.640
AL 9 77.349 16.949 19.800 40.600
SE 8 93.452 31.012 16.440 46.000
BA 168 5.149.003 540.317 2.159.554 2.449.132
MG 463 9.594.700 4.069.438 2.002.573 3.522.689
ES 87 1.327.437 658.693 512.740 156.004
RJ 10 137.996 5.778 11.653 120.565
SP 660 12.438.342 3.032.639 2.796.819 6.608.884
PR 1.369 34.955.548 4.619.021 10.322.323 20.014.204
SC 357 6.927.646 510.115 1.047.390 5.370.141
RS 2.444 38.292.061 3.061.124 8.397.592 26.833.345
MS 596 14.076.431 693.407 4.381.058 9.001.966
MT 1.716 59.161.353 2.593.156 34.123.685 22.444.512
GO 705 20.795.004 1.657.172 9.370.840 9.766.992
DF 20 493.420 314.100 38.000 141.320
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Agropecuárias, Pesquisa de Estoques, 1º semestre de 2024.  Nota: (1) A capacidade dos armazéns convencionais, estruturais e infláveis foi convertida na proporção de 0,6t/m³

Na sequência, os armazéns graneleiros e granelizados atingiram 80,9 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, 4,0% superior à capacidade verificada no período anterior. Esse tipo de armazenagem é responsável por 36,4% do total do país.

Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis somaram 23,9 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 3,3% em relação ao segundo semestre de 2023. Esses armazéns contribuem com 10,7% da capacidade total de armazenagem.

Os silos predominam no Sul, sendo responsáveis por 65,1% da capacidade armazenadora da região. A capacidade instalada com silos, no Sul, representa 44,4% da capacidade total do país com esse tipo de armazenagem.

O tipo “graneleiros e granelizados” aparece com maior intensidade no Centro-Oeste, com 50,7% da capacidade da região. A região é responsável por 59,2% da capacidade total desse tipo de armazenagem no Brasil. Esse aspecto é compreensível pelo fato de a região contar com grandes propriedades e grupos do agronegócio, que produzem grande quantidade de grãos, tornando esse tipo de armazenagem mais viável.

Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis predominam na Região Sul (34,3%), seguido pela Região Sudeste (32,5%). Essas regiões são, respectivamente, grandes produtoras de arroz e café, produtos que são armazenados em sacarias e que utilizam este tipo de armazém. O Sul e o Sudeste, juntos, correspondem a 66,8% da capacidade total de armazéns convencionais, estruturais e infláveis do país.

Número de estabelecimentos aumentou em todas as Grandes Regiões

A Pesquisa de Estoques encontrou 9.424 estabelecimentos ativos no primeiro semestre de 2024, um acréscimo de 3,5% frente ao segundo semestre de 2023. Neste primeiro semestre de 2024, as cinco regiões do país tiveram aumentos no número de estabelecimentos: Norte (24,0%), Centro-Oeste (5,5%), Sudeste (0,2%), Sul (1,3%) e Nordeste (3,3%).

O Rio Grande do Sul tem o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.444), seguido do Mato Grosso (1.716) e Paraná (1.369). Mato Grosso tem a maior capacidade de armazenagem do país, com 59,2 milhões de toneladas. Desse total, 57,7% são do tipo graneleiro e 37,9% são silos. O Rio Grande do Sul e o Paraná têm 38,3 e 35,0 milhões de toneladas de capacidade, respectivamente, sendo o silo o tipo de armazém predominante.

Estoques de milho e arroz crescem, enquanto os de soja, trigo e café caem

O estoque de produtos agrícolas totalizou 87,9 milhões de toneladas, um aumento de 15,5% frente aos 76,1 milhões de toneladas verificados em 30 de junho de 2023.

No primeiro semestre de 2024, o milho (91,4%) e o arroz (2,4%) apresentaram acréscimo nos estoques, enquanto a soja (-7,8%), o trigo (-19,4%) e o café (-2,8%) apresentaram queda.

Esses produtos constituem 96,1% do total estocado entre os produtos monitorados por esta pesquisa, sendo os 3,9% restantes compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor, e outros grãos e sementes.

Da Agência IBGE

Da Redação