Ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, é preso na Espanha

Brasil de Fato

O ex-diretor-executivo da Americanas, Miguel Gutierrez, foi preso na manhã desta sexta-feira (28), em Madri, na Espanha. Ele estava no país europeu desde janeiro do ano passado, quando estourou o escândalo de fraude na empresa. 

Gutierrez teve a sua prisão preventiva decretada nesta quinta-feira (28) no âmbito da Operação Disclosure, da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). Como ele estava fora do país, teve o nome incluído na lista da Interpol e, na sequência, foi preso pela polícia local. 

Ainda não há informações sobre uma possível extradição nem para qual prisão Gutierrez foi levado. 

Ele é investigado por fraudar os registros contábeis, levando a um desfalque de R$ 25,3 bilhões. Segundo a PF, as fraudes tinham por objetivo aumentar superficialmente os resultados financeiros da Americanas a fim de valorizar falsamente as ações da empresa na Bolsa de Valores. 

A PF aponta para o crime de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, também conhecido como “insider trading”, associação criminosa e lavagem de dinheiro. 

Na ação da PF desta quinta, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, contra Gutierrez e a ex-diretora Anna Christina Ramos Saicali, além de 15 mandados de busca e apreensão nas residências dos ex-diretores, no Rio de Janeiro.  

Também foi determinado o sequestro de bens e valores destes ex-diretores que somam mais de meio bilhão de reais. Anna Saicali segue procurada. 

Em nota enviada à imprensa nesta quinta, a defesa de Gutierrez afirmou que o seu cliente “jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios”. 

O Brasil de Fato tenta um posicionamento atualizado após a prisão de Gutierrez. 

Da Redação