‘Genocídio não é esporte’: Movimentos pressionam Fifa para banir seleção de Israel

Brasil de Fato

Às véseras de uma reunião do Conselho da Fifa que deve ocorrer neste sábado (20) para analisar argumentos jurídicos sobre o possível banimento de Israel da federação, um movimento de torcedores pressiona a entidade pela exclusão da seleção israelense de futebol das suas instâncias sob o slogan “Genocídio não é esporte!”.

“Enquanto Gaza continua a ser destruída e massacrada, os times israelenses continuam a ser aplaudidos nos estádios. 231 jogadores de futebol, incluindo 66 crianças, foram mortos pelo exército genocida israelense. Milhares de pessoas foram amputadas e feridas”, denunciam.

A campanha se junta aos esforços que cobram do Comitê Olímpico Internacional (COI) sanções a Israel na competição devido aos ataques contra a população palestina na Faixa de Gaza.

O massacre – considerado genocídio por pelo menos 13 países – já causou mais de 38 mil mortes, mas a entidade esportiva se protege juridicamente atrás da “solução de dois Estados”, já que os Comitês Olímpicos nacionais israelense e palestino “coexistem” (ao menos na teoria), desde 1995.

Apesar de os bombardeios israelenses terem destruído as principais instituições esportivas em Gaza e matado personalidades palestinas do mundo olímpico, nunca esteve em discussão, no âmbito do COI, que os atletas israelenses deveriam ser punidos ou o país sofrer qualquer sanção. Já a invasão russa da Ucrânia com o apoio de Belarus em fevereiro de 2022 teve como resposta do COI o banimento de atletas russos e bielorrussos de quase todo o esporte mundial, veto que durou até março de 2023.

Organizações de direitos humanos apontam como precedente para a punição de Israel pelo COI, com o caso da África do Sul durante o regime de apartheid, quando o país chegou a ficar de fora dos Jogos Olímpicos em duas ocasiões: 1964 e 1992.

Da Redação