Exército inicia protocolo de segurança eleitoral na Venezuela com 380 mil militares

Brasil de Fato

Nesta quarta-feira (24), a Venezuela iniciou a implantação do Plano Repúbica em todo o país, com mais de 380 mil militares da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), para garantir a segurança nas eleições presidenciais do próximo domingo (28). 

“A Venezuela tem o melhor sistema eleitoral do mundo e vamos voltar a colocá-lo em prática neste domingo”, destacou o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) Elvis Amoroso.

Durante o início oficial do Plano República, Amoroso afirmou que estão acontecendo “ataques permanentes ao processo eleitoral” e denunciou a existência de uma “campanha midiática de destruição” vinda do exterior, “financiada com recursos roubados aos venezuelanos, para que os meios de comunicação internacionais atrapalhem as eleições”.

“Aqui está a realidade, a nossa Força Armada Nacional Bolivariana em todos os cantos: mais de 380 mil homens e mulheres destacados hoje em todo o território nacional para garantir a vontade absoluta do povo venezuelano no próximo domingo”, disse.

MP investiga articulação da extrema direita para sabotar eleições

O Ministério Público da Venezuela informou no início de julho que está investigando uma articulação da extrema direita venezuelana com o grupo paramilitar colombiano Autodefensas Conquistadoras de la Sierra (ACSN) para desestabilizar as eleições na Venezuela. A denúncia foi feita pelo próprio grupo colombiano, que afirmou “não se intrometer” em assuntos internos de outros países. 

O procurador da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que as investigações já começaram e apresentou dois vídeos que seriam dos paramilitares colombianos denunciando o plano.

Na suposta declaração, o grupo afirma que a extrema direita foi atrás das unidades no departamento de La Guajira, na fronteira com a Venezuela, para propor um plano de ataques sistemáticos contra a estrutura elétrica do país antes do pleito do dia 28 e a desestabilização política caso Maduro vença.

Segundo o MP venezuelano, o ataque seria feito pouco antes das eleições e visaria a infraestrutura do país e o presidente Nicolás Maduro, que busca a reeleição para o terceiro mandato. Ainda de acordo com Tarek William Saab, caso o mandatário conquiste a reeleição, o grupo iria começar uma confrontação direta, promovendo manifestações violentas em diferentes cidades desde a fronteira até Caracas. O MP venezuelano disse ter contatado o governo colombiano para cooperação nessas investigações.

 

*Com Últimas Notícias

Da Redação