Comissão aprova projeto que reserva sala em delegacia para acolher mulheres vítimas de violência

Comissão aprova projeto que reserva sala em delegacia para acolher mulheres vítimas de violência

Da Agência Câmara de Notícias

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Delegado Matheus Laiola recomendou a aprovação da proposta

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou projeto que reserva salas para o acolhimento de mulheres vítimas de violência em delegacias de municípios que não disponham de delegacias especializadas de atendimento à mulher.

Pela proposta, a delegacia existente deverá priorizar o atendimento da mulher vítima de violência por agente feminina especializada, em sala de apoio separada do atendimento comum, dotada das seguintes características:

  • possibilidade de recurso a equipe multidisciplinar de atendimento à vítima;
  • disponibilidade de local equipado para receber crianças e adolescentes que acompanhem a vítima;
  • funcionamento ininterrupto.

O texto aprovado é o substitutivo da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher ao  Projeto de Lei 4986/23, da deputada Delegada Adriana Accorsi (PT-GO). O parecer do relator na Comissão de Segurança Pública, deputado Delegado Matheus Laiola (União-PR), foi favorável ao projeto, na forma do substitutivo

Legislação atual
Atualmente, a lei que trata do funcionamento das delegacias especializadas (Lei 14.541/23) já determina que, nos municípios sem esses espaços, a unidade existente deverá priorizar o atendimento da mulher vítima de violência por agente feminina especializada.

Já a Lei Maria da Penha determina o atendimento especializado e ininterrupto às vítimas de violência doméstica e familiar. “A despeito dessa garantia, porém, a realidade mostra que a maioria dos municípios brasileiros não possui delegacias para cumprir este propósito”, aponta o relator. “Assim, a criação de salas de atendimento específicas nas delegacias gerais surge como uma solução viável para mitigar esse problema”, acrescenta. 

O deputado Delegado Matheus Laiola destaca ainda a importância de disponibilizar equipe multidisciplinar para atender a vítima. “A equipe multidisciplinar, composta por psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais, pode oferecer um suporte integral, auxiliando na recuperação da vítima e na sua reintegração à sociedade”, avalia.

Próximos passos
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

 

 

Source: camara.leg.br

Da Redação