Comissão da Câmara aprova projeto com regras para vender cosméticos em refil

Comissão da Câmara aprova projeto com regras para vender cosméticos em refil

Da Agência Câmara de Notícias

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Josenildo: projeto caminha na direção do desenvolvimento sustentável

A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 716/24, que define regras para a venda de cosméticos ao consumidor final por meio de refil, utilizando a embalagem original ou outra fornecida pelo comprador. A proposta é do deputado Marangoni (União-SP).

O relator, deputado Josenildo (PDT-AP), recomendou a aprovação da proposta.

O texto estabelece que só poderão ser vendidos na modalidade de refil cosméticos que não estejam sujeitos a alterações em relação à segurança e à eficácia. Prevê ainda que um regulamento a ser editado pelo governo federal definirá as condições de higiene do recipiente fornecido pelo consumidor para armazenar os cosméticos.

A proposta mantém o modelo fiscalizatório e a segurança sanitária vigentes, sem criar nenhuma etapa adicional para liberar os produtos na modalidade de refil.

Outra embalagem
O estabelecimento comercial poderá ofertar ao consumidor embalagem distinta da original para acondicionar o cosmético refilado, sendo permitido cobrar um preço adicional pelo recipiente.

Em todos os casos, o projeto obriga o vendedor a reinserir os dados de identificação do cosmético refilado na embalagem, em conformidade com as obrigações de rotulagem vigentes.

Reciclagem
Na avaliação do relator, o projeto caminha na direção da ideia da reciclagem e do desenvolvimento sustentável. “A refilagem de cosméticos permite utilizar a mesma matéria-prima, especialmente plástico, para a embalagem de produtos novos, o que reduz a quantidade de resíduos sólidos gerados”, observou Josenildo.

Alteração
Por sugestão do relator, o projeto foi aprovado sem a parte que deixa claro que a refilagem de cosmético não configura atividade de industrialização, para fins de incidência do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI).

Josenildo justificou que o projeto é regulatório e que, portanto, não deveria introduzir novos regimes fiscais. “É fundamental não introduzir distorções na regra tributária que induzam à reorganização das atividades dentro da cadeia de valor.”

Próximos passos
O projeto ainda será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a medida precisa ser aprovada por deputados e senadores.

Source: camara.leg.br

Da Redação