Produção industrial varia -0,2% em outubro 

Produção industrial varia -0,2% em outubro 

Em outubro de 2024, a produção industrial nacional mostrou variação negativa de 0,2% frente a setembro, na série com ajuste sazonal. O resultado interrompe dois meses consecutivos de crescimento, período em que a indústria acumulou ganho de 1,2%.

Outubro 2024/ Setembro 2024  -0,2% 
Outubro 2024/ Outubro 2023  5,8% 
Acumulado no ano  3,4% 
Acumulado em 12 meses  3,0% 
Média Móvel Trimestral  0,3% 

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria cresceu 5,8% em outubro de 2024, marcando a quinta taxa positiva consecutiva. Com isso, o setor industrial apontou crescimento de 3,4% nos dez primeiros meses de 2024.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, avançou 3,0% em outubro, permanecendo com taxa positiva e intensificando o ritmo de expansão frente aos resultados dos meses anteriores.

Somente uma das quatro grandes categorias econômicas e seis dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram redução na produção. Entre as atividades, a influência negativa mais importante foi assinalada por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que recuou 2,0% em outubro, após avançar 4,7% no mês anterior, quando interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 3,4%. Vale destacar também as contribuições negativas registradas pelos setores de bebidas (-1,1%) e de indústrias extrativas (-0,2%).

Por outro lado, entre as 19 atividades que apontaram expansão na produção, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (7,1%) exerceu o principal impacto em outubro de 2024 e intensificou o crescimento de 2,8% registrado em setembro. Outras contribuições positivas foram assinaladas pelos ramos de confecção de artigos do vestuário e acessórios (14,1%), de produtos químicos (2,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,4%), de celulose, papel e produtos de papel (3,4%), de metalurgia (2,1%), de produtos diversos (7,4%), de máquinas e equipamentos (2,0%), de produtos alimentícios (0,5%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,9%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 0,7%, apontou o único resultado negativo em outubro de 2024 e eliminou parte do avanço de 0,9% acumulado nos meses de setembro e agosto de 2024. Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis (4,4%) assinalou a taxa positiva mais elevada nesse mês e interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 4,8%. Os setores produtores de bens de capital (1,6%) e de bens intermediários (0,4%) também mostraram resultados positivos em outubro de 2024.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil – Outubro de 2024
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Outubro 2024 / Setembro 2024* Outubro 2024 / Outubro 2023 Acumulado
Janeiro-Outubro
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Bens de Capital 1,6 15,3 8,3 4,0
Bens Intermediários 0,4 5,0 2,6 2,7
Bens de Consumo -0,7 6,2 4,3 3,6
  Duráveis 4,4 19,6 9,8 7,3
  Semiduráveis e não Duráveis -0,7 4,2 3,4 3,1
Indústria Geral -0,2 5,8 3,4 3,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
*Série com ajuste sazonal 

 Média móvel trimestral apresenta variação positiva de 0,3% no trimestre encerrado em outubro

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,3% no trimestre encerrado em outubro de 2024, frente ao nível do mês anterior, e permaneceu com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em setembro de 2023.

Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (0,7%), bens intermediários (0,6%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) assinalaram as taxas positivas em outubro de 2024, com a primeira prosseguindo com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em dezembro de 2023; a segunda mantendo a sequência de resultados positivos iniciada em junho de 2024 e acumulando expansão de 2,8% nesse período; e a última voltando a crescer após recuar 0,8% no mês anterior, quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2023. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo duráveis (-0,2%) apontou a única taxa negativa nesse mês e interrompeu quatro meses consecutivos de crescimento, período em que avançou 9,0%.

Frente a outubro de 2023, indústria cresce 5,8%

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 5,8% em outubro de 2024, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 25 ramos, 66 dos 80 grupos e 67,7% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que outubro de 2024 (23 dias) teve 2 dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (21).

Entre as atividades, a principal influência positiva no total da indústria foi registrada por veículos automotores, reboques e carrocerias (29,9%), impulsionada, em grande medida, pela maior produção dos itens automóveis, autopeças, caminhão-trator para reboques e semirreboques, carrocerias para ônibus e caminhões, veículos para o transporte de mercadorias e caminhões.

Vale destacar também as contribuições positivas assinaladas pelos ramos de produtos químicos (7,5%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (20,2%), de metalurgia (8,5%), de produtos alimentícios (2,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (17,0%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (19,3%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%), de produtos de metal (9,2%), de produtos de borracha e de material plástico (6,9%), de produtos de minerais não metálicos (9,4%), de máquinas e equipamentos (6,1%) e de móveis (15,3%).

Por outro lado, ainda na comparação com outubro de 2023, entre as quatro atividades que apontaram redução na produção, indústrias extrativas (-2,0%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor extração de óleos brutos de petróleo.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (19,6%) e bens de capital (15,3%) assinalaram, em outubro de 2024, expansão de dois dígitos e as taxas positivas mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens intermediários (5,0%) e de bens de consumo semi e não duráveis (4,2%) também mostraram resultados positivos nesse mês, mas ambos com avanços menos elevados do que o verificado na média da indústria (5,8%).

No índice acumulado para janeiro-outubro de 2024, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 3,4%, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 25 ramos, 59 dos 80 grupos e 62,5% dos 789 produtos pesquisados.

Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (12,1%), produtos alimentícios (2,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (12,2%).

Vale destacar também os impactos positivos registrados pelos setores de indústrias extrativas (1,3%), de produtos químicos (2,8%), de produtos de borracha e de material plástico (5,5%), de outros equipamentos de transporte (11,8%), de produtos de metal (4,7%), de móveis (10,5%) e de celulose, papel e produtos de papel (3,0%).

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-outubro de 2023, entre as três atividades que apontaram redução na produção, a de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,6%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, em grande medida, pela menor produção de medicamentos.

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os dez meses de 2024 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (9,8%) e bens de capital (8,3%), impulsionadas, em grande medida, pela maior produção de eletrodomésticos (21,8%) e automóveis (4,5%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (18,4%), para fins industriais (7,0%) e de uso misto (19,8%), na segunda. Os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (3,4%) e de bens intermediários (2,6%) também apontaram resultados positivos no índice acumulado do ano, com o primeiro repetindo o avanço verificado na média da indústria (3,4%); e o segundo registrando crescimento menos acentuado.

Da Agência IBGE

Da Redação