IPCA foi de 0,39% em novembro

IPCA foi de 0,39% em novembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em novembro foi de 0,39% e ficou 0,17 ponto percentual abaixo da taxa de outubro (0,56%). No ano, o IPCA acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 4,87%, acima dos 4,76% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2023, a variação havia sido de 0,28%.

  Taxa
Novembro de 2024 0,39%
Outubro de 2024 0,56%
Novembro de 2023 0,28%
Acumulado no ano 4,29%
Acumulado nos últimos 12 meses 4,87%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três tiveram alta em novembro. A maior variação (1,55%) e o maior impacto (0,33 p.p.) foram registradas em Alimentação e bebidas. Na sequência, vieram os grupos Transportes (0,89% e 0,18 p.p.) e Despesas pessoais (1,43% e 0,14 p.p.). O principal impacto negativo (-0,24 p.p.) foi observado em Habitação (-1,53%). Os demais grupos ficaram entre os recuos de 0,04% de Educação e de 0,31% de Artigos de residência.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Outubro Novembro Outubro Novembro
Índice Geral 0,56 0,39 0,56 0,39
Alimentação e bebidas 1,06 1,55 0,23 0,33
Habitação 1,49 -1,53 0,23 -0,24
Artigos de residência 0,43 -0,31 0,02 -0,01
Vestuário 0,37 -0,12 0,02 0,00
Transportes -0,38 0,89 -0,08 0,18
Saúde e cuidados pessoais 0,38 -0,06 0,05 -0,01
Despesas pessoais 0,70 1,43 0,07 0,14
Educação 0,04 -0,04 0,00 0,00
Comunicação 0,52 -0,10 0,02 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

Em Alimentação e bebidas (1,55%), a alimentação no domicílio passou de 1,22% em outubro para 1,81% em novembro. Foram observados aumentos nos preços das carnes (8,02%), com destaque para os seguintes cortes: alcatra (9,31%), chã de dentro (8,57%), contrafilé (7,83%) e costela (7,83%). Altas também foram observadas no óleo de soja (11,00%) e no café moído (2,33%). No lado das quedas, destacaram-se a manga (-16,26%), a cebola (-6,26%) e o leite longa vida (-1,72%).

A alimentação fora do domicílio (0,88%) registrou variação superior à do mês anterior (0,65%). O subitem refeição acelerou de 0,53% em outubro para 0,78% em novembro, enquanto o lanche passou de 0,88% em outubro para 1,11% em novembro.

No grupo dos Transportes (0,89% e 0,18 p.p.), o subitem passagem aérea subiu 22,65% e contribuiu com 0,13 p.p. no índice do mês. Os combustíveis caíram -0,15%, influenciados pelas quedas nos preços do etanol (-0,19%) e da gasolina (-0,16%). Por sua vez, gás veicular (0,09%) e óleo diesel (0,03%) registraram variações positivas.

Ainda em Transportes, o subitem ônibus urbano subiu 3,64%, após gratuidades concedidas nas passagens nos dias de eleições municipais em diversas áreas de abrangência da pesquisa no mês de outubro. Em São Paulo, foram registradas reduções de -0,43% no trem e no metrô, decorrentes da apropriação da gratuidade concedida a toda população nos dias de realização das provas do ENEM.

Em Despesas Pessoais (1,43% e 0,14 p.p.), o resultado foi influenciado principalmente pelo cigarro (14,91% e 0,07 p.p.). Em 1º de novembro, houve aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre cigarros. Altas também foram observadas nos subitens pacote turístico (4,12%) e hospedagem (2,20%).

No grupo Habitação (-1,53% e -0,24 p.p.), a energia elétrica residencial caiu 6,27% em novembro, com a vigência da bandeira tarifária amarela, a partir de 1º de novembro, que acrescentou R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Além disso, foram verificados os seguintes reajustes tarifários: de 4,97% em Goiânia (-2,13%), a partir de 22 de outubro; redução de 2,98% em Brasília (-9,30%), a partir de 22 de outubro; e redução de 2,88% em uma das concessionárias de São Paulo (-7,23%), a partir de 23 de outubro.

Ainda em Habitação, no subitem taxa de água e esgoto (0,04%), foi incorporado o reajuste médio de 32,77% em Rio Branco (32,77%), aplicado a partir 5 de janeiro e que não havia sido apropriado no índice. Em gás encanado (-0,15%), houve redução tarifária de 0,51% no Rio de Janeiro (-0,48%), a partir de 1º de novembro.

Regionalmente, a maior variação ocorreu em Rio Branco (0,92%), influenciada pela alta das carnes (8,04%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em Porto Alegre (0,03%), por conta do recuo da energia elétrica residencial (-7,67%).

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação
Acumulada (%)
Outubro Novembro Ano 12 meses
Rio Branco 0,51 0,55 0,92 4,36 5,30
Campo Grande 1,57 0,70 0,63 4,61 5,06
Belo Horizonte 9,69 0,50 0,57 5,70 6,54
Rio de Janeiro 9,43 0,60 0,49 4,09 4,76
Belém 3,94 0,78 0,46 4,04 4,80
Fortaleza 3,23 0,46 0,44 4,24 5,10
Recife 3,92 0,50 0,42 4,00 4,22
Goiânia 4,17 0,80 0,41 4,72 5,18
São Paulo 32,28 0,67 0,40 4,47 5,04
Curitiba 8,09 0,42 0,39 3,95 4,22
São Luís 1,62 0,57 0,33 5,76 6,22
Brasília 4,06 0,68 0,30 3,66 4,47
Salvador 5,99 0,48 0,28 3,75 4,62
Aracaju 1,03 0,11 0,24 4,12 3,82
Vitória 1,86 0,50 0,16 3,73 4,32
Porto Alegre 8,61 0,16 0,03 3,05 3,49
Brasil 100,00 0,56 0,39 4,29 4,87
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de outubro a 28 de novembro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de setembro a 29 de outubro de 2024 (base). Calculado pelo IBGE desde 1980, o indicador se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC tem alta de 0,33% em novembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC teve alta de 0,33% em novembro, 0,28 p.p. abaixo do resultado observado em outubro (0,61%). No ano, o INPC acumula alta de 4,27% e, nos últimos 12 meses, de 4,84%, acima dos 4,60% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2023, a taxa foi de 0,10%.

Os produtos alimentícios registraram alta de preços pelo terceiro mês consecutivo, acelerando de 1,11% em outubro para 1,62% em novembro. Por sua vez, os produtos não alimentícios caíram 0,08%, após alta de 0,45% em outubro.

Quanto aos índices regionais, Rio Branco registrou a maior variação (0,89%), por conta da alta das carnes (8,61%) e da gasolina (2,20%). Já a menor variação foi observada em Porto Alegre (-0,02%), por conta dos recuos dos preços da energia elétrica residencial (-7,61%) e da gasolina (-1,64%).

Região Peso
Regional (%)
Variação (%) Variação
Acumulada (%)
Outubro Novembro Ano 12 meses
Rio Branco 0,72 0,64 0,89 4,77 5,55
Campo Grande 1,73 0,77 0,75 4,66 5,04
Rio de Janeiro 9,38 0,61 0,57 3,94 4,68
Goiânia 4,43 0,94 0,52 5,01 5,64
Belo Horizonte 10,35 0,48 0,48 5,85 6,74
Fortaleza 5,16 0,41 0,47 4,16 5,03
São Luís 3,47 0,55 0,33 5,54 6,02
Recife 5,60 0,40 0,33 3,68 3,95
Salvador 7,92 0,53 0,30 3,51 4,34
Curitiba 7,37 0,52 0,29 4,17 4,42
Aracaju 1,29 0,09 0,28 4,21 3,98
Belém 6,95 0,69 0,27 4,12 4,76
São Paulo 24,60 0,87 0,24 4,25 4,74
Brasília 1,97 0,89 0,15 3,97 4,60
Vitória 1,91 0,58 -0,01 4,00 4,42
Porto Alegre 7,15 0,18 -0,02 3,23 3,68
Brasil 100,00 0,61 0,33 4,27 4,84
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de outubro a 28 de novembro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de setembro a 29 de outubro de 2024 (base). Calculado pelo IBGE desde 1979, o indicador se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Da Agência IBGE

Da Redação