Estados que compõem a regional Sul do Cimi realizam 49ª Assembleia em Porto Alegre
Brasil de Fato
A Regional Sul do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) realiza sua 49ª assembleia desde a manhã da quinta-feira (1ª) na casa de orações São João da Cruz, em Porto Alegre. Os representantes da organização nos estados do RS, SC, PR e RJ, acompanhados de representantes de povos indígenas Kaingang, Guarani e Xokleng, permanecerão debatendo as pautas e causas indígenas até domingo (4). O tema central que norteia a atividade é “Serviço à Causa Indígena no Contexto dos 50 anos do Cimi Sul”.
A primeira atividade da assembleia – Análise de Conjuntura considerando a Geopolítica Internacional e Latino Americana, a Macro Política Nacional e a dimensão eclesial – contou com a assessoria do diretor do Instituto Cultural Padre Josimo e dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) Frei Sérgio Görgen, e do secretário executivo do Cimi/Brasil, Luis Ventura Fernández.
Görgen pontuou em sua fala as crises que assolam o mundo atual: alimentícia, ambiental/climática, social, sanitária, energética e geopolítica. Já Fernández pautou suas considerações a partir da luta contínua dos povos indígenas contra o marco temporal, compartilhando informações a respeito dos conflitos que colocam em risco as áreas de retomada no MS.
Durante a tarde, a atividade de análise voltou-se para a Conjuntura Político Indigenista no Brasil, com ênfase na região de atuação do Cimi Sul. A atividade contou com a assessoria das lideranças indígenas das etnias Kaingang (Odirlei, Zé Vergueiro e Dona Iracema), Mbya Guarani (Eloir e Hélio) e Xokleng (Cullungn).
Agenda de atividades
Para o segundo dia, nesta sexta (2), está previsto um momento de Estudo da Política do Cimi de Proteção às Pessoas Vulneráveis. A assessoria será novamente de Luis Ventura, desta vez acompanhando pelo missionário Roberto Liebgott, do Cimi/RS. No mesmo período acontecerá a avaliação do Cimi e celebração dos 50 anos da Regional Sul.
Ainda devem ocorrer informes e encaminhamentos de questões propostas pelo Conselho Diretor: Fundo Missionário; Campanha de Mobilização de Recursos; COP 30; Política de Documentação do Cimi; Coordenação Centro de Formação Vicente Cañas; Encontro Mulheres do Cimi, Seminário Nacional de Formação; Curso de Formação Básica; Formação Permanente; Curso Direito Agrário; Curso História e Culturas Indígenas.
No terceiro dia, o sábado (3), está previsto um momento de visita solidária e convivência com comunidade indígena impactada pelo desastre ambiental no Rio Grande do Sul, na retomada Mbya Guarani Nhe’engatu, no município de Viamão.
A programação encerra no domingo (4), quando serão realizados os debates finais, informes e encaminhamentos sobre os aspectos financeiros e administrativos do Cimi Sul. A conclusão será a celebração de envio.
Ao final da programação o Brasil de Fato RS vai publicar os informes, decisões e encaminhamentos da assembleia, bem como dar voz aos missionários, missionárias e povos indígenas que se fizeram representar.