Cubanos comemoram quinta vitória do lutador Mijain López após Olímpiadas de Paris

Brasil de Fato

Os cubanos se reuniram em Havana para assistir o atleta de luta greco-romana Mijain López nas Olimpíadas de Paris 2024. Nesta quarta-feira (7), ele se tornou o primeiro atleta olímpico a ganhar cinco ouros na mesma prova individual. Desta última vez, López venceu o chileno de origem cubana Yasmani Acosta, por seis a zero, na final da categoria de 130 kg. 

A exibição ocorreu no Cine Yara, um espaço tradicional da capital cubana, onde as apresentações olímpicas com atletas cubanos têm sido realizadas de forma gratuita para toda a população.  

Na entrada do cinema, os cubanos disseram se sentir orgulhosos do desempenho de López nessa e nas outras Olimpíadas. “É um orgulho muito grande para o país”, disse uma adolescente no início da apresentação. “Ele tem uma história de muitos anos. Essa vitória é muito eufórica para todos os cubanos”, disse outra entusiasta do atleta. 

“O que ele demonstrou durante toda a sua trajetória como esportista, a entrega à sua pátria, a dedicação em tudo o que fez durante todos esses anos, são cinco medalhas olímpicas… Isso é histórico. São poucas as pessoas que conseguiram realizar esse feito de Mijain”, comemorou mais uma espectadora do lutador.  

“Para mim, sinceramente, como cubana, me sinto extremamente emocionada. Muitas pessoas pensavam que ele não conseguiria e aqui temos o campeão novamente. Mijain é nosso campeão. Peço ao povo que o esperem, que possamos recebê-lo e que sempre possamos contar com ele. Ele fez um feito no esporte cubano”, completou. 

López disputou pela primeira vez uma Olimpíada em Atenas, em 2004, onde obteve a quarta colocação. Considerado “invencível”, no Rio, em 2016, em Tóquio, em 2020, e, agora, em Paris, seus adversários não puderam marcar sequer um ponto contra ele durante a luta greco-romana, na mesma categoria.  

Na Olimpíada anterior, Mijain honrou o legado do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro. “Tenho que agradecer e dedicar esse resultado ao nosso comandante invicto que foi quem se preocupou pelo esporte em Cuba. Creio que nós merecemos esse resultado graças a ele e ao esforço que a nossa Revolução fez”, afirmou logo após a final olímpica. 

Natural de Pinar del Río, ele começou a levantar peso ainda criança, ajudando os pais a carregar caixas de legumes, verduras e café. Iniciou no esporte aos 10 anos, sofreu uma lesão aos 13 anos e quase abandonou a luta greco-romana. No entanto, aos 17 anos foi convocado pela seleção cubana e, cinco anos depois, representou seu país em Atenas. 

Da Redação