Ucrânia realiza massivo ataque na região russa de Kursk: o que se sabe até agora
Brasil de Fato
As Forças Armadas da Ucrânia realizaram um grande ataque na região russa de Kursk na última terça-feira (6), operando uma incursão no território russo.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que os militares ucranianos tentaram romper a fronteira com tanques e veículos blindados. Como resultado dos bombardeios e ataques de drones, três residentes foram mortos e 24 pessoas ficaram feridas, incluindo seis crianças.
A Ucrânia usou cerca de 300 militares, apoiados por 11 tanques e mais de 20 veículos blindados, contra as posições das unidades que cobriam a fronteira do estado russo. Segundo o governador da região, Alexey Smirnov, os guardas de fronteira e o exército destruíram 16 unidades de equipamento das Forças Armadas Ucranianas na fronteira.
Inicialmente, o chefe da região de Kursk havia afirmado que “os soldados do serviço de fronteira do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) e das Forças Armadas da Federação Russa não permitiram que a fronteira fosse rompida”.
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Mas, ao mesmo tempo, canais de Telegram russos de monitoramento da guerra relataram intensos combates na região de Kursk. “De acordo com dados preliminares disponíveis de diversas fontes, o inimigo conseguiu trazer várias unidades de veículos blindados para o nosso território”, escreveu o canal ‘Dois Majores’.
O presidente russo, Vladimir Putin, em reunião com membros do governo, comentou a situação na região de Kursk. Em um comunicado divulgado pelo Kremlin nesta quarta-feira (7), Putin classificou a situação como uma “provocação em grande escala por parte de Kiev”.
“O regime de Kiev empreendeu outra provocação em grande escala: está disparando indiscriminadamente com vários tipos de armas, incluindo mísseis, contra edifícios civis, edifícios residenciais e ambulâncias”, declarou Putin.
Posteriormente, o Ministério da Defesa russo afirmou que “a operação para destruir as unidades das Forças Armadas Ucranianas continua”. De acordo com a pasta, mísseis, aviação e a artilharia “atingiram as forças inimigas, impedindo-as de avançar mais profundamente no território russo”.
Na região também foi organizada a evacuação de residentes da zona fronteiriça. Mais de 200 pessoas foram tiradas da zona de combate e cerca de mil pessoas também saíram da cidade por meio de transportes privados.