O que se sabe até o momento sobre o avião com 61 pessoas que caiu em Vinhedo (SP)

Brasil de Fato

Uma aeronave da Voepass Linhas Aéreas caiu no início da tarde desta sexta-feira (9), na cidade Vinhedo, no interior de São Paulo. O acidente aéreo não deixou sobreviventes, de acordo com uma nota da divulgada pela prefeitura do município, que participa da operação de assistência. No total, morreram 57 passageiros e quatro tripulantes.

O avião caiu no terreno de um condomínio no bairro Capela, na cidade paulista. Apesar de nenhuma pessoa fora da aeronave ter ficado ferida, algumas precisaram deixar suas casas devido o avanço da fumaça para dentro das residências. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 13h e encaminhou, a princípio, sete equipes para o local. O trajeto do avião ia de Cascavel (PR), de onde saiu por volta das 11h, e terminaria em Guarulhos (SP). 

De acordo com a Voepass, antiga Passaredo, a aeronave era um turboélice de passageiros, modelo ATR-72. O avião tinha capacidade para 68 passageiros. A empresa tem uma parceria com a LATAM, que também vende voos da companhia.

“A VOEPASS acionou todos os meios para apoiar os envolvidos. Não há ainda confirmação de como ocorreu o acidente e nem da situação atual das pessoas que estavam a bordo”, informou a empresa. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se solidarizou com as famílias das vítimas durante um evento oficial, em Itajaí, em Santa Catarina. “Tenho que ser portador de uma notícia muito ruim. Eu queria que todos se colocassem de pé, pra gente fazer um minuto de silêncio porque acaba de cair um avião, na cidade de Vinhedo em São Paulo, com 58 passageiros e parece que 4 tripulantes, e parece que todos morreram, queria pedir um minuto de silencio para as vítimas”, disse Lula. 

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que estava em Vitória, no Espírito Santo, se encaminha para o local do acidente ao lado do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD). 

“Estou indo para lá agora. A ideia é montar um gabinete de crise. Esse gabinete de crise vai ser composto pelo governo federal, pelo governo do Estado e pela Força Aérea Brasileira. Então a gente está mobilizando a defesa civil. Eu devo ir direto daqui para Campinas primeiro. De Campinas eu vou para Valinhos, então vou lá para o local e, na sequência, a gente vai continuar tomando as providências”, disse Tarcísio à imprensa. 

O governo de São Paulo afirmou que a Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), as Polícias Civil e Militar e equipes do Instituto Médico Legal (IML) foram encaminhadas para reforço nos trabalhos. 

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) divulgou nota em que lamenta o acidente e manifesta solidariedade aos familiares e amigos das vítimas. O MPor afirmou que a “Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está acompanhando a prestação do atendimento aos familiares pela empresa aérea, bem como adota as providências necessárias para averiguação da situação regulamentar da aeronave e dos tripulantes, no âmbito de suas atribuições”. O ministério, comandado por Silvio Costa Filho (Republicanos), diz ainda que o governo federal acompanhará de perto os desdobramentos das investigações, que são de responsabilidade do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

* Texto em atualização