Debate morno em Goiânia favorece Sandro Mabel e Adriana Accorsi, que lideram as pesquisas
Brasil de Fato
Quem esperava um debate acalorado entre os candidatos à Prefeitura de Goiânia, na noite desta quinta-feira (3), se decepcionou. O primeiro bloco do encontro, promovido pela TV Anhanguera, afiliada da TV Globo no município, teve o atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade), escondido e os três favoritos, Adriana Accorsi (PT), Sandro Mabel (União Brasil) e Vanderlan Cardoso (PSD) dosando o discurso.
A mais recente pesquisa divulgada sobre a corrida eleitoral em Goiânia, pelo instituto Quaest, na última quarta-feira (2), mostra Mabel à frente com 24% das intenções de voto, seguido por Accorsi, que soma 22%. Em terceiro, Cardoso, que tem 15%.
Na abertura do debate, Matheus Ribeiro (PSDB), que foi sorteado para fazer a primeira pergunta, escolheu Mabel para responder e atacou o empresário, que é o candidato mais rico a disputar a prefeitura de uma capital.
“Se o PT assumir, será uma tragédia. Se o Mabel ganhar, fará negócios. Mabel, diga para nós o que você tem tão especial, de tão diferente, para garantir que a cidade vai melhorar de fato, caso você seja prefeito?”, indagou Ribeiro.
“A minha experiência de 52 anos, quando eu estava, quando você não tinha nem nascido, eu já fazia gestão e fui treinado todos esses anos para fazer gestão. Eu administrei muitas coisas. As coisas que eu administrei andaram bem, cresceram e se desenvolveram”, reforçou Mabel.
Ribeiro voltou a atacar o empresário. “Tudo o que você fala é o contrário do que você promete. Como é que o eleitor vai confiar em você, sendo que até dias atrás você dizia que o Caiado era picareta, incompetente e hoje é o melhor amigo dele? Até ontem você dizia que a prefeitura do Rogério era horrível. Hoje falta se entregar uma caixa de bombom para ele. Como acreditar nas palavras que você diz? Você é um homem que só age por conveniência, só para fazer negócio.”
Em seguida, Accorsi perguntou a Cardoso sobre sua sua proposta para a saúde. O candidato do PSD aproveitou para criticar a gestão de Cruz. “A saúde em Goiânia está na UTI. A atenção básica que é o que precisa, para o cidadão ou cidadã que vai no posto de saúde e que precisa de um remédio, não existe. Temos uma fila de 200 mil pessoas esperando um exame.”
Na réplica, Accorsi ressaltou sua relação com o governo federal, chefiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Sobre o Saúde da Família é importante atingirmos os objetivos. A ministra Nísia Trindade (Saúde) esteve em Goiânia na semana passada e estabeleceu um compromisso com nossa candidatura de estender esse programa na cidade.”
Em seguida, o bolsonarista Fred Rodrigues (PL) lembrou o discurso do vereador Fabrício Rosa (PT) na Câmara Municipal, quando ele defendeu a legalização da maconha. “Como a senhora combateria essas pessoas? Querem legalizar as drogas, não só a maconha, dentro do seu próprio partido.”
Accorsi, que é delegada da Polícia Civil, lembrou que seu projeto de governo já versa sobre o tema. “Gostaria de dizer que tenho uma história, que mostra meu trabalho e minha trajetória. Dentro de nosso programa de governo, temos um capítulo especial de Segurança Pública, que tem previsto o combate ao tráfico de drogas e prevenção ao consumo de drogas.”