Temporal causa estrago em mais de 50 cidades no Rio Grande do Sul; instabilidade prossegue até sábado (26)

Brasil de Fato

Casas destelhadas, falta de energia, queda de árvores, sinaleiras desligadas e postes sem luz. Essas foram algumas das ocorrências registradas pelos fortes ventos que chegaram ao Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (24). De acordo com a MetSul Meteorologia, no Vale do Paranhana, o vento chegou a 133 km/h, enquanto na região metropolitana as rajadas ficaram, em média, entre 60 km/h e 80 km/h com registros pontuais próximos de 90 km/h. 

Em Porto Alegre, o temporal fez com que o prefeito Sebastião Melo (MDB) retornasse ao exercício do cargo ao longo da quinta-feira, interrompendo temporariamente o período de licença, focado em sua campanha de reeleição. Ele retoma hoje às atividades eleitorais.

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) chegou a suspender atividades letivas e administrativas na quinta.

Em boletim divulgado às 18h, a CEEE Equatorial informou que já tinha restabelecido a energia para 71 mil clientes ao longo da tarde em toda área de concessão da distribuidora, mas 191 mil clientes estavam sem energia. Em boletim divulgado na manhã desta sexta-feira (25), 37 mil estavam sem luz.

Já pela RGE, até o início da tarde desta quinta-feira, 292 mil estavam sem luz. As regiões mais atingidas, segundo a distribuidora, são: metropolitana, Norte, Vale dos Sinos, Serra, Planalto e Vale do Taquari. Conforme boletim divulgado pela empresa às seis horas da manhã desta sexta (25), 30 mil clientes seguiam sem luz. Não há previsão de retorno.

Segundo a Metsul, o RS ainda deve ter dois episódios de vento forte até o sábado, com menor severidade e potencial de danos assim como menor abrangência em termos de localidades atingidas. Conforme explica a empresa, o RS foi atingido por três episódios de vento decorrentes do ciclone extratropical que se formou no Uruguai. O primeiro, desta quinta-feira, com uma linha de instabilidade que cruzou o estado e causou vendavais fortes principalmente em locais em que fazia calor.  

Entre esta sexta-feira e o sábado o tempo ainda será ventoso com rajadas fortes em parte do território gaúcho. O campo de vento mais intenso do ciclone, entretanto, seguirá sobre o mar. As rajadas, em média, deverão ficar entre 50 km/h e 70 km/h com marcas isoladas superiores. As áreas mais afetadas devem ser as do Litoral Sul e das lagoas. 

O terceiro episódio será marcado com a passagem de uma frente fria com chuva e ar frio impulsionado pelo ciclone no Atlântico Sul. A frente chega com vento forte e rajadas que podem ser isoladamente intensas na Campanha e no Sul gaúcha no final da sexta e no começo do sábado. No decorrer da madrugada, o vento avança pelo Leste do estado e chega à região de Porto Alegre e o Litoral Norte.

Uma frente fria passará pela Região Metropolitana de Porto Alegre no início do sábado (26), com nuvens, chance de chuva e rajadas de vento Sul, ao longo do dia o sol deve aparecer. No domingo (27), o sol predomina e faz frio. A mínima será de 10°C e a máxima de 26°C.

* Com informações da MetSul, Sul21, Defesa Civil do Estado. 

Da Redação