Plano de trabalho divide debates da Comissão de Mudanças Climáticas em eixos temáticos

Plano de trabalho divide debates da Comissão de Mudanças Climáticas em eixos temáticos

Da Agência Câmara de Notícias

Mauricio Tonetto/Secom
Um dos eixos de debate serão as inundações; acima enchente em Porto Alegre (RS)

A Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas do Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (12) o plano de trabalho do colegiado com nove eixos prioritários:

  • Cenários da emergência climática: inundações, desertificação e oscilações de temperatura acima de 1,5°
  • Agenda governamental e legislações vigentes
  • O esforço da mitigação climática
  • O Momento da adaptação climática
  • Financiando o combate às mudanças climáticas
  • Medidas e providências setoriais; setor privado; padrões de reporte, riscos climáticos e climatewashing
  • Agricultura, pecuária, suas possibilidades, contribuições e alternativas
  • Transparência, governança e meios de implementação
  • Posicionamento internacional, G20 e COP30.

Agropecuária
Entre os desafios a serem debatidos pela comissão estão a redução do desmatamento e o apoio aos centros urbanos diante de crises hídricas e elevação do nível dos mares.

Outra área considerada fundamental é a do agronegócio e da agricultura de baixo carbono. “Esse é um eixo fundamental. A gente só vai tratar com seriedade e consistência a questão das mudanças climáticas tendo o setor do agro como parceiro”, disse o relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE).

Segundo ele, a agropecuária responde por 75% de toda a emissão de poluentes no Brasil. Já o setor energético teve uma redução de 5% entre 2021 e 2022.

O documento ressalva que não quer atrelar setores econômicos específicos aos problemas climáticos e que todos são relevantes para o desenvolvimento e economia brasileira. Mas destaca que é necessário encontrar alternativas ambientalmente sustentáveis, especialmente para quem depende dessas atividades, sejam produtores ou consumidores.

Diligências e eventos internacionais
Além de audiências públicas, a comissão visitará diferentes regiões do País. O plano prevê diligências em cinco dos principais biomas brasileiros, cada qual com preocupações específicas. O primeiro deles é a Amazônia, onde o foco será desmatamento, mineração e experiências de sucesso da bioeconomia.

No Cerrado serão priorizados o desmatamento, as queimadas e o impacto do agronegócio. Na Mata Atlântica, além do desmatamento, serão exploradas as experiências de bioeconomia e reflorestamento.

Na Caatinga, a maior preocupação é com a desertificação, a produção da agricultura e impacto na economia local, além do alto potencial na captura de carbono. Finalmente, no Pampa, será examinado o impacto das enchentes e alternativas sustentáveis.

O relator também informou que integrantes da comissão vão participar dos principais eventos internacionais da agenda climática em 2024, com destaque para a Semana do Clima, em Nova Iorque, de 22 a 29 de setembro; a Conferência sobre Biodiversidade (COP 16), em Cali, na Colômbia, entre outubro e novembro; e a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29), em Baku, no Azerbaijão, em novembro.

Source: camara.leg.br

Da Redação