Raí participa de protesto contra extrema direita na França em véspera de 2º turno de eleições legislativas

Brasil de Fato

A líder ultradireitista Marine Le Pen assegurou, nesta quinta-feira(4), que seu partido, Reagrupamento Nacional (RN), e seus aliados ainda podem conquistar a maioria absoluta nas eleições legislativas que acontecem neste domingo (7), apesar dos acordos de seus rivais para frear sua chegada ao poder.

“Acredito que ainda há capacidade para ter uma maioria absoluta se o eleitorado fizer um último esforço para conseguir o que quer”, declarou Le Pen em uma entrevista àrede BFMTV, a três dias do segundo turno. Caso essa projeção se confirme, será a primeira vez que a extrema direita chega ao poder no país desde a libertação da França da Alemanha nazista. 

Frete a este cenário, esquerda e a base governista construíram uma “frente republicana” para barrar a chegada ao poder do RN que implica na retirada do candidato “republicano” com menos chances para o segundo turno, em cenários onde candidatos das duas alianças disputam com a ultradireita.

Raí enérgico

Além da mobilização legislativa, organizações políticas e sindicatos realizaram uma mobilização nacional nesta quarta-feira (3) contra o partido de Le Pen, que contou com a participação de  Raí, ex-jogador do PSG que vive na França. “Aqui é a França, a África, e todas as cores, e o respeito a todas as cores. É a República, a Democracia, a generosidade, a fraternidade e a resistência aos racistas! É a resistência aos fascistas. Não deixem de votar meus amigos franceses”, convocou o ex-jogador durante o protesto na Praça da República na capital, Paris.

“Conheço bem a extrema direita e mentir é aquilo que eles fazem de melhor. Eu os conheci no poder”, disse o ex-jogador sobre a experiência vivida pelo Brasil sob quatro anos do governo de extrema direita de Jair Bolsonaro, hoje inelegível e investigado por tentativa de golpe de Estado. Raí definiu esse período  como “quatro anos de misoginia, de homofobia, preconceito, milhares de mortos e desmatamento”.

“A extrema direita é o fim do mundo, dos direitos humanos e da humanidade. A extrema direta é o ódio. Onde eles querem o ódio, vamos lutar com paixão e amor. Onde eles querem a repressão, resistiremos com liberdade. Onde eles querem a censura, a mentira e a ignorância, vamos usar a ciência, a mobilização, a cooperação, a arte, a música e a dança. Às armas, cidadãos”, disse o ex-jogador citando o hino francês, a Marselhesa.

 

 

*Com AFP e RFI

Da Redação