Reino Unido suspende negociações comerciais com Israel diante da escalada militar em Gaza

Reino Unido suspende negociações comerciais com Israel diante da escalada militar em Gaza

O Reino Unido anunciou a suspensão das negociações comerciais com Israel em resposta à escalada militar na Faixa de Gaza e ao bloqueio de ajuda humanitária na região. A decisão foi tomada após o ministro britânico das Relações Exteriores afirmar que o bloqueio da ajuda humanitária à Gaza “foi cruel e indefensável”.

A União Europeia também decidiu reavaliar suas relações comerciais com Israel, aumentando a pressão internacional sobre o governo de Benjamin Netanyahu. O primeiro-ministro britânico Keir Starmer, junto com líderes da França e do Canadá, expressou horror com a escalada militar israelense na região.

Crise humanitária se agrava

A situação humanitária em Gaza continua crítica. Segundo relatos, a carga de cinco caminhões liberados na segunda-feira (19) por Israel ficou retida na fronteira. Moradores locais enfrentam longas filas para conseguir alimentos básicos.

“Nossas crianças estão morrendo aos poucos”, afirmou um morador palestino que passa horas na fila para conseguir um pouco de sopa para alimentar sua família.

Nesta terça-feira (20), Israel permitiu a entrada de 93 caminhões com suprimentos. No entanto, segundo as Nações Unidas, o processo é tão demorado que os alimentos ainda não chegaram a quem precisa. O chefe humanitário da ONU alertou que é necessário “inundar Gaza com ajuda” e que milhares de bebês estão em risco.

Resposta de Netanyahu

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu respondeu às críticas internacionais afirmando que o comunicado conjunto dos países europeus representa “um prêmio para os terroristas”, que segundo ele iniciaram a guerra com os ataques de 7 de outubro de 2023.

Netanyahu também declarou que a guerra poderia terminar imediatamente se os reféns fossem libertados e o Hamas entregasse suas armas.

Novos ataques

Apesar da pressão internacional, Israel voltou a bombardear o território palestino nesta terça-feira (20). Os ataques resultaram em pelo menos 50 mortes, inclusive em uma escola que servia de abrigo para refugiados. As forças israelenses afirmaram que o alvo era um terrorista do Hamas que operava um centro de comando dentro da escola.

O bloqueio israelense à ajuda humanitária durou onze semanas. O governo de Israel argumentava que era uma forma de pressionar o grupo Hamas a libertar os reféns. No domingo (18), diante da crescente pressão internacional, Israel decidiu liberar uma quantidade limitada de suprimentos.

Assista a matéria do Jornal Nacional

Fonte: Jornal Nacional/G1

Da Redação