IDH do Brasil cai com pandemia e gestão de Bolsonaro, aponta ONU

Brasil de Fato

O Brasil retrocedeu no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) nos anos da pandemia de covid-19 e do governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (13), o país tinha em 2022 um IDH de 0,760, contra 0,766 em 2019, primeiro ano de governo bolsonarista. Quanto mais perto de 1, melhor o índice.

O IDH é composto por três indicadores: expectativa de vida ao nascer; escolaridade e renda per capita. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) apresentou nesta quarta-feira (13) os dados relativos a países de todo o mundo. Em uma lista de 193 nações, o país estava, em 2022, na 89ª posição.

O índice brasileiro enquadra o país na categoria de “alto desenvolvimento humano”, da qual fazem parte países como China (75ª colocada), México (77º), Equador (83º), Cuba (85ª), Peru (87º), Ucrânia (100ª), África do Sul (110ª) e Jamaica (115ª).

Quando o índice é superior a 0,799, os países são apontados como de “muito alto desenvolvimento humano”. A lista conta com a maioria das nações europeias (Suíça, Noruega e Islândia são as três primeiras colocadas) e países como Austrália (10ª colocada), Japão (24º), Chile (melhor latino-americano, na 44ª posição), Argentina (48ª), Uruguai (52º), Rússia (56ª) e Costa Rica (64ª).

Mais uma vez, países africanos são a maioria na lista dos que têm “baixo desenvolvimento humano”. A Nigéria, maior país do continente, está na 161ª posição. Das dez últimas colocações, nove são de países africanos (Serra Leoa, Burkina Faso, Burundi, Mali, Chade, Níger, República Centro Africana, Sudão do Sul e Somália — última colocada), e só uma é ocupada por um país de outro continente: o Iêmen, na Ásia.

Oscilação brasileira

Em 2018, último ano antes de Bolsonaro chegar ao poder, o Brasil ocupava a 79ª posição no ranking internacional de IDH, com 0,762. Em 2019, o índice avançou timidamente para 0,765, mas o país caiu duas posições na lista internacional, sem acompanhar o desenvolvimento de outras nações.

Já no primeiro ano sob forte impacto da covid-19, em 2020, o IDH do país despencou para 0,758. Em 2021, nova queda, chegando a 0,754. O avanço para 0,760 em 2022 não foi suficiente para o país avançar na comparação com os demais países avaliados.

Da Redação