‘Até aqui as eleições estão tranquilas, sem ocorrências significativas’, diz Cármen Lúcia, presidente do TSE

Brasil de Fato

Em entrevista coletiva no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) neste domingo, (6), a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, afirmou que as eleições têm transcorrido de maneira tranquila, “sem ocorrências significativas”. De acordo com a magistrada, apenas 0,3% das urnas tiveram que ser substituídas em todo o país, um número considerado baixíssimo pela Justiça Eleitoral.  

“Todas as providências que foram adotadas, todas, tanto de segurança, segurança de eleitores, a chegada das urnas devidamente nos locais, tudo que foi previamente adotado, todas as medidas adotadas, estão hoje com os seus efeitos comprovados. Os eleitores estão indo às urnas no Brasil inteiro desde 8 horas da manhã, no horário de Brasília, e nós temos um número bem significativo de presença”, afirmou a ministra. 

Lúcia afirmou que a partir das 17h dará mais detalhes, em números, das ocorrências registradas. Ela comentou ainda a falha no e-título, que pela manhã apresentava congestionamento de usuários, principalmente para justificar o voto.  

“Nós tivemos um número enorme de pessoas apenas na parte de justificativa, que acessaram ao mesmo tempo. Nós chegamos a ter 7 milhões e 600 mil buscas por minuto. Então realmente é uma demora, como se fosse uma fila, mas não houve problema algum. O que há é uma demora maior na resposta considerando exatamente o número de acesso que foram feitos”, justificou, indicando que o número de pessoas que deixarão de votar nessas eleições pode ser elevado.  

Ocorrências 

Segundo monitoramento realizado em tempo real pelo Ministério da Justiça, até as 15h deste domingo, foram 386 ocorrências de crimes eleitorais registrados em todo o país. A maioria das abordagens, cerca de 105, foi de eleitores fazendo boca de urna, o que é proibido pela legislação eleitoral. Outras 79 se referem à compra de votos e 58 por propaganda irregular.

Ao todo, 214 eleitores precisaram ser conduzidos à unidade policial, sendo 62 deles em Minas Gerais, que registrou o maior número de conduções coercitivas. 84 eleitores foram presos em flagrante, sendo 25 deles no Rio de Janeiro, estado com o maior número de detenções. O estado com o maior número de registros de crimes eleitorais foi o Paraná, com 54 ocorrências, seguido pelo Rio de Janeiro, com 39 e Minas Gerais, com 32.   

Trinta e seis candidatos também foram conduzidos às delegacias e dez foram presos, sendo três na Paraíba, dois no Paraná, dois em Mato Grosso do Sul, um no Amazonas, outro no Amapá e um em Roraima.  

Da Redação