Israel mata dezenas de pessoas em escola de Gaza e dispara contra funcionários da ONU no Líbano
Brasil de Fato
O Crescente Vermelho palestino anunciou nesta quinta-feira (10) que 28 palestinos foram mortos em um bombardeio israelense contra uma escola em Deir el Balah, no centro da Faixa de Gaza. “As nossas equipes constataram 28 mortos e 54 feridos após o ataque do Exército de ocupação israelense contra a escola Rafida”, afirmou a organização.
Este número foi confirmado pelo Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas. O bombardeio desta quinta foi o mais recente de uma série de ataques israelenses a edifícios escolares que abrigam palestinos deslocados em Gaza, onde o Exército israelense combate o Hamas há mais de um ano.
Em 26 de setembro, pelo menos 15 pessoas morreram em outro ataque a uma escola convertida em abrigo no campo de Jabaliya, no norte do território palestino, segundo a agência local da Defesa Civil. O massacre israelense em Gaza já matou diretamente pelo menos 42.065 pessoas, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.
O Exército israelense afirmou ter realizado um bombardeio aéreo “preciso” contra “terroristas (…) em um posto de comando” instalado em edifícios que anteriormente serviam de escola. Sem fornecer o número de vítimas, disse que o local era usado “para planejar e executar ataques terroristas” contra as “tropas das Forças de Defesa de Israel” e o Estado.
Líbano
Israel também bombardeou, nesta quinta-feira(10), alvos na capital, Beirute, e outras regiões do Líbano, onde os combates continuam no sul. Os bombardeios israelenses continuaram a atingir o subúrbio ao sul de Beirute, um dos redutos do Hezbollah – o alegado alvo dos ataques – , nesta quinta-feira, onde os ataques devastaram bairros inteiros.
Na cidade de Derdghaiya, no sul do país, equipes de resgate faziam buscas nos escombros de um centro da Defesa Civil, após um bombardeio israelense que matou cinco socorristas. Nos arredores de Tiro, perto da fronteira, uma nuvem de fumaça subiu após um bombardeio israelense e a agência oficial de notícias ANI reportou ataques no sul e leste do país.
Israel também intensificou os ataques à Síria e um bombardeio atingiu uma estrada para o Líbano, com o objetivo de bloquear as rotas de abastecimento do Hezbollah. Apesar da morte de vários comandantes e do líder do movimento pró-Irã, Hassan Nasrallah, em 27 de setembro em um bombardeio israelense, o grupo afirma que continua operacional.
O Hezbollah afirmou nesta quinta-feira que destruiu um tanque israelense, causando vítimas. O veículo avançava em direção à cidade libanesa de Ras al Naqura, perto da fronteira, onde o Exército israelense havia informado que reforçava as tropas.
*Com AFP