Com chuvas fracas e moderadas, São Paulo registra mais de 23 mil imóveis sem energia elétrica neste domingo (20)
Brasil de Fato
De acordo com balanço da Enel divulgado na manhã deste domingo (20), 23.013 clientes estão sem energia elétrica na Grande São Paulo após as chuvas moderadas da noite de sábado (19) da manhã deste domingo (20). A informação foi divulgada às 10h55 deste domingo.
Cotia é o município com a maior proporção de imóveis sem luz, com 1%, somando 1.409 casos. Em números absolutos, a capital contabiliza a maior quantidade, com 17.006, e uma proporção de 0,31% dos imóveis cadastrados.
O fornecimento foi interrompido em 24 municípios, e a concessionária informou que mobilizou 2.400 profissionais para resolver as ocorrências. Segundo a Defesa Civil, as chuvas perderam força e se deslocaram para outros estados.
Em nota publicada, a Enel afirmou que as chuvas, de fracas a moderadas, atingiram a área de concessão no decorrer do sábado (19), principalmente as regiões oeste e sul, e que os trabalhos ocorrem neste domingo para restabelecer a energia para os clientes afetados.
Tema de campanha
Ao menos 3,1 milhões de imóveis ficaram sem luz com o apagão iniciado na última sexta-feira (11) em São Paulo, segundo a própria Enel. O apagão virou tema de campanha entre Guilherme Boulos (Psol) e Ricardo Nunes (MDB). O prefeito culpa a empresa e o governo federal pela falta de energia. O deputado federal, por sua vez, aponta para a inércia da Enel e da atual gestão municipal.
No debate da Record, neste sábado (19), Boulos explorou novamente o tema e traçou um paralelo entre o atual episódio e a privatização da Sabesp, que, segundo ele, pode ser “a Enel da água” em São Paulo. A venda da empresa foi defendida por Nunes.
“Esse mesmo discurso que o Ricardo Nunes fez aqui sobre a privatização da Sabesp, os aliados dele faziam quando foi privatizada a Eletropaulo e a Enel tomou conta. A avaliação deles é que, quando privatiza, melhora, resolve tudo. Nós estamos vendo o que está acontecendo”, disse o candidato do Psol.