Chavistas vão às ruas defender eleição de Maduro; oposição também convoca ato e mantém narrativa de fraude

Brasil de Fato

Dois dias após as eleições, com protestos violentos da direita mobilizados pela acusação de fraude da líder opositora María Corina Machado e seu candidato Edmundo Urrutía, o movimento chavista organizou duas marchas em direção ao Palácio de Miraflores, sede do governo, para defender a reeleição de Nicolás Maduro.

“Os chavistas começaram a se organizar para fazer marchas em defesa da Revolução. Hoje temos duas marchas, que vão se dirigir para o Palácio Miraflores, onde desde a noite de segunda-feira (29), os chavistas fazem uma vigília para defender o governo Maduro”, relata o enviado especial do Brasil de Fato à Caracas, José Eduardo Bernardes, que acompanha a movimentação na capital venezuelana. 

“Aqueles que gritam fraude devem demonstrá-lo. Não à violência, queremos paz. Viva a Venezuela e o presidente Nicolás Maduro. O povo chavista se mantém na rua, defendendo nossa vitória e a legalidade”, defendeu  Alejandro Tortosa, do movimento Somos Venezuela

“A ideia de sair às ruas é voltar a ter a paz que tínhamos”, diz a manifestante Biriguinea Rido.

 

Oposição

A oposição mantém a narrativa de que as eleições foram fraudadas pelo governo e também convocou um novo ato para esta terça-feira, em frente ao escritório das Nações Unidas em Caracas. Na manifestação ocorrida no dia anterior, episódios de violência deixaram um saldo de 749 detidos, segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab. 

Os confrontos teriam deixado dezenas de manifestantes e militares feridos. O governo dos EUA – país que impôs unilarteralmente sanções contra a Venezuela – diz considerar ‘inaceitável’ a repressão de manifestantes e opositores.

 

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Clique na imagem para acompanhar a cobertura completa / Rafael Canoba/Brasil de Fato

Da Redação