Blinken diz que Israel concordou com proposta dos EUA para trégua em Gaza

Brasil de Fato

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse nesta segunda-feira (19) que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, apoia a proposta dos EUA para uma trégua na Faixa de Gaza. Após 10 meses de massacre – considerado genocídio por ao menos 13 países, com mais de 40 mil palestinos mortos – o estadunidense pediu que o Hamas apoie a proposta. 

“O primeiro-ministro Netanyahu se comprometeu a enviar sua equipe de especialistas de alto nível a Doha ou ao Egito para tentar completar esse processo, mas esperamos que o Hamas, antes de mais nada, respalde a proposta de aproximação”, disse Blinken em visita a Israel. 

“Em uma reunião muito construtiva hoje, ele me confirmou que Israel aceita a proposta de aproximação. Que a apoia. Agora cabe ao Hamas fazer o mesmo”, declarou o representante dos EUA.

Blinken disse também que pediu aos líderes de Israel que tomem medidas contra a violência dos colonos israelenses contra palestinos na Cisjordânia ocupada.

“Esperamos ver medidas, ações para impedir esse tipo de violência, ações para que as pessoas responsáveis por ela sejam responsabilizadas”, disse o estadunidense.

Mais de 600 palestinos já foram mortos por Israel na Cisjordânia desde outubro, incluindo cerca de 115 crianças. O país também vem acelerando o confisco de terras palestinas para a criação de assentamentos israelenses nas terras ocupadas, considerados ilegais pelo direito internacional.

Blinken disse ainda que Israel teria concordado com as iniciativas para vacinar as crianças de Gaza contra a poliomielite após a detecção de um caso da doença na região.

“Estamos trabalhando com o governo israelense”, disse Blinken. “Acredito que poderemos propor um plano nas próximas semanas. É urgente. É vital”, destacou. 

Na sexta-feira, a ONU havia pedido que se estabeleçam “pausas humanitárias” na Faixa de Gaza para vacinar mais de 640 mil crianças, após a detecção do caso de poliomielite, o primeiro relatado no território palestino em 25 anos.

*Com AFP
 

Da Redação