Brasil, China e Índia podem mediar negociações sobre guerra na Ucrânia, diz Putin

Brasil de Fato

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quinta-feira (5) que países como Brasil, China e Índia buscam ajudar a Rússia no processo de resolução do conflito ucraniano. A declaração foi durante a sua participação no Fórum Econômico Oriental em Vladivostok.

Ao ser questionado por jornalistas sobre quais países poderiam ser mediadores nos processos de negociação, ele observou que a Rússia valoriza os países que estão “sinceramente interessados ​​em resolver o conflito ucraniano” e citou Brasil, Índia e China como potenciais mediadores.   

“Respeitamos os nossos amigos e parceiros, que, acredito, estão sinceramente interessados ​​em resolver todas as questões relacionadas com este conflito. Trata-se principalmente da República Popular da China, do Brasil, da Índia”, disse Putin durante a sessão plenária do fórum. 

O líder russo acrescentou que está em constante contato com os parceiros sobre esta questão e ressaltou que não tem dúvidas sobre o desejo sincero dos líderes destes países em ajudar a compreender os detalhes do processo. Ele também destacou que as relações da Rússia com os seus parceiros do grupo Brics estão se desenvolvendo com muito sucesso. 

Em meados de maio, Brasil e China apresentaram uma proposta conjunta para promover negociações de paz que contassem com a participação da Ucrânia e da Rússia, visando uma “participação igualitária de todas as partes relevantes, além de uma discussão justa de todos os planos de paz”. Na ocasião, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que tal proposta legitima a invasão russa em seu país.

A Ucrânia também declarou em outras oportunidades que não iniciaria negociações diretas com a Rússia, mas poderia trabalhar para criar uma coligação de mediadores que ajudaria a acabar com a guerra. 

Por outro lado, mais recentemente, após a intervenção das Forças Armadas da Ucrânia em território russo, na região de Kursk, a Rússia rechaçou a possibilidade de realizar negociações com a Ucrânia nestas condições.

Da Redação