Fogo destrói cozinha solidária que alimentava 200 por dia em SP; MTST inicia campanha para reconstrução

Brasil de Fato

Uma campanha de solidariedade foi lançada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) depois que, na última terça-feira (8), a cozinha solidária de São Carlos (SP) foi inteiramente incendiada. As chamas, cuja causa é desconhecida, também destruíram uma horta, uma brinquedoteca e a moradia de uma pessoa na Ocupação “Em busca de um sonho”.  

Três caminhões do Corpo de Bombeiros e cerca de oito mil litros de água foram necessários para apagar o fogo que se alastrou rapidamente pelas estruturas de madeira.  

A cozinha, uma das 51 que o MTST tem em bairros periféricos do país, foi inaugurada em 2022 e distribuía gratuitamente cerca de 200 marmitas por dia. Os moradores dos bairros Aracy II, Antenor e Zavaglia eram os principais atendidos.  

“O estrago foi o seguinte: tinha uma cozinha e agora não tem mais nada, virou um terreno cheio de escombros”, descreve Juliana Favacho, integrante do MTST.  

“Esta cozinha é muito importante para a comunidade. Tinha trabalho com as crianças, brinquedoteca, roda de conversa de mulheres. Era um lugar de referência, reunia as assembleias da ocupação”, conta Favacho. Os moradores se preparavam para instalar uma cisterna na área. “A gente vai precisar reconstruir essa cozinha e é urgente”, resume a também coordenadora das cozinhas solidárias do MTST.  


Entre alimentos pedidos emergencialmente para doação estão arroz, feijão, óleo e macarrão / Comunicação MTST

Agora, o movimento se prepara para mutirões que devem reerguer a estrutura da cozinha nos próximos dois finais de semana. Para isso, contam com doações de materiais, utensílios domésticos e contribuições pelo PIX soscozinhasaocarlos@gmail.com. 

Entre os itens destruídos que precisam ser repostos estão duas geladeiras, um fogão, um armário grande, panelas, talheres, liquidificador e mangueira de gás.

Uma parceria com o refeitório da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tenta viabilizar a doação de 150 marmitas diárias de forma emergencial até que a reconstrução aconteça. 

Da Redação