Instituto de pesquisa faz previsão de meia jornada eleitoral na Venezuela e indica vantagem de Maduro

Brasil de Fato

O instituto de pesquisa Hinterlaces divulgou no começo da tarde deste domingo (28) uma previsão que indica uma vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela. Segundo os dados divulgados pelo grupo, Maduro teria 54,57% dos votos contra 42,82% do ex-embaixador Edmundo González Urrutia. O levantamento mostra ainda que 2,61% votaram pelos outros 8 candidatos. 

O grupo projeta uma participação de 61,5%. Antes do pleito, as pesquisas eleitorais da Venezuela mostraram um cenário confuso para o eleitor. Em algumas delas, Maduro aparecia com quase 30 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado. Em outras, o principal nome da oposição, Edmundo González Urrutia, era indicado como favorito, com 40 pontos à frente de Maduro. O Hinterlaces, no entanto, é um dos únicos institutos que apresenta metodologia no país.  

Ao todo, 21,4 milhões de eleitores venezuelanos estão registrados no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para votar neste domingo. Deste total, 69 mil votam fora do país.

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Eleições e democracia

O presidente Nicolás Maduro busca a reeleição para um terceiro mandato e foi votar bem cedo. Depois de depositar o seu voto, ele deu um discurso prometendo respeito ao resultado das urnas. Ele também cobrou de seus opositores o mesmo comportamento e pediu que os outros nove candidatos declarem publicamente que vão respeitar e cumprir o desejo das urnas.

“Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral e os boletins oficiais. Garantirei que sejam respeitados”, disse Maduro a jornalistas.

A oposição tem como nome forte o ex-embaixador Edmundo González Urrutia. Ele, no entanto, está à sombra da ex-deputada María Corina Machado. Ela votou no colégio Elena de Bueno, na zona leste da capital. Em declaração à jornalistas, ela afirmou que a participação até às 13h era de 42,1%. Segundo ela, com esses dados a oposição deve ficar otimista 

“Isso representa mais de 9 milhões de pessoas. Se esta tendência continuar, será a maior participação numa eleição nos últimos 30 anos”, disse.

Da Redação